Crédito para financiamento de imóveis cai pela metade desde 2014 – Veja

Sobre os resultados das construtoras, segue abaixo, de forma superficial por construtora, porque dado o altíssimo volume de DESINFORMAÇÃO e TRUQUES praticados, não vale a pena se aprofundar (MAQUIAGENS elevadas):

PDG: “lucro” de 2017 baseado em 1 ano inteiro sem “reconhecer contabilmente” os distratos solicitados pelos clientes e muito menos pagar qualquer restituição referente a devolução destes imóveis e também sem pagamentos a credores de forma geral, com obras paralisadas ou em “ritmo de tartaruga” para economizar o máximo possível e “vendendo” imóveis que em parte estão “em construção”, outra parte já construído, em ambos os casos, representando problemas para compradores (o que está em andamento e não vai ser entregue, o que está pronto e está comprometido como “garantia” para credores). Preços de estoques de imóveis da PDG caíram muito e os bancos se fazem de CEGOS e FINGEM que não precisam fazer um “inpairment” (reconhecer a perda de valor destes ativos da PDG que são suas “garantias”). Neste contexto, Ação da PDG chegou a “valorizar” 23% após divulgação destes “fantásticos” resultados. Análogo ao que aconteceu em jan/17 quando a PDG teve a maior valorização dentre todas as Ações na BOVESPA (independente do segmento de negócio) e menos de 1 mês depois deu entrada no seu pedido de Recuperação Judicial, ou seja, puro PEGA-TROUXA, para capturar os sardinhas.

Rossi: Dívida Líquida / Patrimônio Líquido superior a 500%, mais de NOVE VEZES o que seria o máximo a ser considerado razoável dentro deste segmento (máximo razoável = 60%). IMPAGÁVEL. Apesar disto, PEDALANDO com credores via “Reestruturação de Dívidas”, que nada mais é do que uma recuperação Judicial disfarçada. Super-estoques, obras em ritmo de tartaruga, forçando clientes que tentam distratos a trocarem por outro imóvel mais barato, problemas análogos ao da PDG quanto a imóveis dados em garantia que quando vendidos geram dor de cabeça para compradores e por aí vai.

Viver: situação análoga a da PDG, mas como se arrasta há mais tempo, com menos fôlego ainda.

Gafisa: em 2017, empurrou mais de R$ 400 milhões em dívidas para serem pagas depois de 2020, para conseguir um aporte de um fundo de investimentos americano na ordem de mais de R$ 200 milhões e assim “sobreviver”. Este é o TERCEIRO fundo de investimentos americano que dá uma SOBREVIDA para a Gafisa desde 2013. O primeiro, que foi o BlackStone que comprou 70% do segmento Alphaville em 2013, teve notícia depois disto dando conta que o BlackStone tinha imóveis dados em garantia ao Bradesco que estavam bem abaixo do valor da garantia, dada sua desvalorização elevada. O segundo comprador foi o private equity Jaguar, que comprou 30% da Tenda em 2016, ano em que distratos caíram simplesmente porque suspenderam lançamentos da Tenda em 2013 e portanto, na entrega em 2016 não havia o que distratar, no entanto, já em 2017 distratos voltaram a disparar, como esperado (2014 retomaram lançamentos, 3 anos depois na entrega = mais distratos) e assim, mais um fundo de investimento americano no prejuízo. Agora em 2017, o terceiro fundo de investimentos americano que está ENTERRANDO seu dinheiro na Gafisa, MAIS UM que sairá no prejuízo. O que estes fundos americanos tem em comum, além de um enorme prejuízo? O dedo de Sam Zell, um dos pais da bolha imobiliária americana, o mesmo que implementou o esquema de vendas FALSAS na planta quando era sócio da Gafisa, a partir de 2008. Lembrando que no caso dos fundos, quem fica com prejuízo são os investidores que não sabem onde o dinheiro está sendo aplicado, já os administradores e seus comparsas, certamente estão ganhando por fora (não é só lá que isto acontece, basta ver o que aconteceu com fundos de pensão de empresas estatais no Brasil – Petrus, FUNCEF, etc). Mesmo com tudo isto, a Gafisa continua apenas SOBREVIVENDO, com resultados ruins.

MRV, Tenda, Direcional, Cyrela/Cury e outras: estão apostando fortemente em imóveis “populares”, muitos deles dependentes de financiamento via FGTS / Minha Casa Minha Vida (MCMV). Esta disparada foi focada na cidade de São Paulo, onde os lançamentos a partir do quarto trimestre de 2017 dispararam. Em janeiro/2018, por exemplo, o aumento de lançamentos para São Paulo foi mais de 1.000% (MIL POR CENTO) na comparação com janeiro/2017, uma completa ABERRAÇÃO e algo completamente incompatível com a REAL situação da economia do país e mais incompatível ainda com a REAL situação da CEF e do FGTS, ou seja, estão disparando com um carro de corrida a mais de 300 KM / Hora (disparada nos lançamentos e “vendas” na planta) sabendo que ao mesmo tempo estão erguendo um muro cada vez mais sólido onde eles inevitavelmente irão bater quando estiverem no auge da velocidade (na entrega dos imóveis, provavelmente as MAQUIAGENS e ROMBOS BILIONÁRIOS da CEF vão aparecer, assim como o FGTS terá muito menos fôlego, o que levará a aumento exponencial nos distratos destes imóveis, por clientes que não terão o crédito “fácil” e barato via MCMV ou outras linhas da CEF).

EzTec: como foi das que menos pedalou e continua mais conservadora, é a que teria menos MAQUIAGENS. Mesmo assim, só conseguiu algum resultado vendendo prédio inteiro para empresa do segmento e não com venda de unidades para compradores, o negócio ainda não “para em pé” sozinho e nos preços atuais dentro das condições de financiamento que devem piorar em breve (derrocada CEF via ROMBOS bilionários desmascarados, mais construtoras quebrando e entupindo ainda mais o estoque de imóveis no mercado, etc).

Pior que apesar da infinidade de PEDALADAS, MAQUIAGENS e outros TRUQUES SUJOS praticados (MUITO MAIS do que mencionei acima, que foram só AMOSTRAS), ainda assim no total das construtoras continuam com SUPER-ESTOQUES, muitas com endividamento ANORMAL e outros resultados NEGATIVOS. São Paulo e sua recuperação MILAGROSA no segmento imobiliário contrasta com o fato da região sudeste ter tido queda no PIB em 2017, contrasta com a realidade quanto a recorde na somatória de desempregados mais SUBempregados mais desalentados, contrasta com a queda na renda per capta, contrasta com uma INFINIDADE de ameaças claríssimas no radar, desde a explosão da bolha das bolhas americana, passando pela bolha imobiliária chinesa e chegando a INÚMEROS problemas internos, desde as “incertezas” quanto a eleições presidenciais, passando pelas CERTEZAS quanto a explosão futura da CEF, a explosão financeira de RJ, RS e MG, 85% dos municípios quebrados, o não cumprimento de “regra de ouro” e de teto de despesas já dado como certo para 2019, o aprofundamento da crise fiscal do governo federal e os problemas da previdência que continuam pressionando este cenário, etc, etc, etc.

Em resumo, enquanto o setor imobiliário dispara em seu ILUSIONISMO, seja pelo crescimento ANORMAL de lançamentos e vendas em São Paulo (não acompanhado em ritmo sequer próximo em qualquer outra cidade do país), seja pelos TRUQUES de não reconhecer ou adiar reconhecimento de distratos, por aplicar golpes com fundos de investimentos estrangeiros, dar calotes elevadíssimos em credores, FINGIR que planos de recuperação são viáveis, etc, no mundo REAL, não só os problemas de super-estoques continuam e se intensificam, como temos cada vez mais a certeza de que estão fazendo o de sempre: aumentando o buraco onde estão se enterrando…