Matéria da Revista Veja de 1983 sobre o pesadelo da prestação da casa própria – Blog Bolha Brasilia
Sugestão do nosso leitor Luiz Romeu
Fonte: http://bolhabrasilia.blogspot.com/2010/12/recordar-e-viver-materia-da-revista.html
Brasileiro tem memória curta, isso é fato. Talvez outros povos de outros países também, mas igual aqui acho difícil. A declaração que achei mais interessante e atual na reportagem é a seguinte: “Tenho um salário mensal bruto de 350.000 cruzeiros. A prestação deverá levar 230.000, mas mesmo assim continuo achando que pagar aluguel é jogar dinheiro fora”, diz o engenheiro eletrônico Flávio Selmo Júnior, 30 anos, casado, com dois filhos.
Esse mesmo engenheiro resolveu alugar o apartamento e ir morar com os pais para “manter sua dignidade e não pagar aluguel”. Será que estamos assistindo ao mesmo filme?O sonho interrompido
É possível que ela venha a perder o apartamento caso não mude de idéia, mas, até lá, será para o BNH um adversário tão temível quanto o são os 128% para os mutuários. O fantasma da inadimplência, seu subproduto, as casas vazias, devolvidas e difíceis de ser revendidas, são os fantasmas que assombraram o presidente do BNH, levando-o a temer pela vida de todo o sistema federal de habitação. Para receber o que lhes é devido, as empresas de crédito imobiliário sempre dispõem da ameaça contratual de tomar de volta os imóveis, sem devolver nada do que já foi pago. Essa ameaça, porém, perde força se uma empresa se vê diante da possibilidade de transformar sua carteira imobiliária num conjunto habitacional. Não lhes interessa receber de volta em tijolos, telhas e cimento uma quantia que emprestaram em dinheiro bom: Unidades Padrão de Capital, sujeitas a reajustes, e não cruzeiros, dinheiro ruim, sujeito a inflação.
O MONSTRO DO ATRASO – “De todos os perigos o maior é a inadimplência”, diz José Lopes de Oliveira. E explica: “Sem o dinheiro arrecadado com o pagamento das prestações, o banco simplesmente ficará sem recursos para cumprir a sua finalidade, que é a de financiar mais moradias”. De fato, é para o índice vital da inadimplência que estão voltadas as atenções do BNH, do Ministério do Interior e até mesmo do Palácio do Planalto, onde se sabe que algum remédio heróico deverá aparecer caso os mutuários indiquem que efetivamente não têm como pagar. Tão delicada é essa questão que o BNH recusa-se a fornecer dados a seu respeito, limitando-se a informar que ela hoje está em tomo de 18%, quando há poucos anos esteve em 12%. Para o BNH, porém, inadimplente é o mutuário que atrasa a terceira prestação consecutiva, e não a primeira. Em alguns pontos do país, quer pela extensão da crise econômica, quer por dificuldades sociais, pagar a prestação da casa tomou-se exceção, enquanto a regra é esperar. No interior de Pernambuco,sobretudo na região mais assolada pela seca, a inadimplência já chegou a 90%, segundo os dados da Cohab. “É preciso reconhecer que o Banco Nacional da Habitação pertence ao conjunto da economia brasileira e como tal recebe os fluxos e refluxos da maré”, ressalva José Lopes de Oliveira, atribuindo a crise que preside a fatores externos, com o mesmo tipo de raciocínio usado pelo governo federal para atribuir à crise internacional as dificuldades da economia brasileira. Nessa linha, o Brasil continuaria a ser um país sem problemas e o BNH uma ilha de apartamentos baratos se, de fora, não tivessem vindo maus ventos. Esse argumento, porém, não explica por que o BNH enredou-se numa conta socialmente inviável enquanto outras instituições financeiras, privadas, conseguem ter seu melhor período de lucros precisamente numa época de crise. As contas do BNH não fecham porque há uma crise, mas isso também sucede porque ele foi dirigido, desde sua fundação, na crença de que jamais haveria crise que o Planalto fosse incapazde resolver. Colocada essa premissa de infalibilidade, comum à tradição estatal brasileira, montaram-se políticas e programas, construíram-se sedes luxuosas e criaram-se quadros pantagruélicos de funcionários de acordo com o planejamento do desejável. Agora verificou-se que se desejava o impossível.
O PREÇO DA SOBERBA – Se o BNH está metido na maior crise de sua história, que custa o sono de milhões de mutuários, esse é o preço que o poder público paga, dezenove anos depois, por ter tido a soberba de acreditar-se tão poderoso a ponto de planejar, controlar, dirigir e fiscalizar a política habitacional do país.
Um exemplo banal do absurdo pretendido pode ser achado na indústria e comércio de automóveis. Para permitir que os carros ficassem mais acessíveis, as montadoras incentivaram a criação de consórcios. Neles, a cada mês os preços sobem e os consorciados pagam. Em contrapartida, quando não há consorciados e há milhares de carros nos pátios, empresas como a Volkswagen fecham seus balanços com prejuízos de dezenas de milhões de dólares. Com o programa habitacional pretendeu-se criar um sistema perfeito. Nele, as empresas de crédito imobiliário recebem depósitos nas cadernetas de poupança e, com o poder moderador do BNH, que está montado sobre o cofre do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, financiam imóveis. Se tudo dá certo, o mecanismo funciona, mas se dá errado, “o refluxo da maré” não tem dique onde se vá chocar, pois a solidez das companhias de crédito imobiliário está garantida por lei, já que o governo tem a obrigação de honrar todos os depósitos nas cadernetas até 12,5 milhões de cruzeiros.
O MILAGRE DE CLASSES – Nascido sobre um mercado imobiliário não confiável, pois os bancos privados afastaram-se desse setor com a alta da inflação da década de 50, o BNH entrou em cena juntamente com o instrumento financeiro que viabilizaria os financiamentos de casas próprias: a correção monetária. Ao nascer, porém, o banco se propunha resolver dois problemas semelhantes na aparência e diversos na realidade, o financiamento de imóveis para a classe média e a redução do déficit habitacional das camadas mais baixas da população. “O banco nasceu com um dilema. Tem vocação social, mas é um banco e, portanto, precisa remunerar o capital aplicado”, diz o arquiteto Carlos Nélson Ferreira dos Santos, chefe do Centro de Pesquisas Urbanas do Instituto Brasileiro de Administração Municipal. Para ele o BNH deveria deixar de atender à classe média, voltando-se exclusivamente para a faixa de assalariados entre um e quatro salários mínimos, pois “não é possível continuar tentando fazer milagres, atendendo a todas as classes sociais” .
E mesmo em matéria de milagres, pouco se tentou. “Em 1975, apenas 3% do orçamento do BNH eram destinados para a construção de moradias populares” , ensina Gabriel Bolaffi, da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, para quem “o banco foi criado muito mais para atender os requisitos políticos dos governos que conduziram o efêmero ‘milagre brasileiro’ do que para resolver o problema habitacional do país”. De fato, por mais de dez anos o BNH foi sobretudo uma agência imobiliária para a classe média. Passados os ventos do “milagre” a instituição, rica e já montada numa burocracia de 8.500 empregados – 2.000 a mais que a agência federal de habitação do governo americano -, um orçamento de 1,1 trilhão de cruzeiros e uma das mais luxuosas sedes da “privilegiatura” nacional, viu-se obrigada a arcar com os custos de grandes obras de infra-estrutura urbana. Em suma, estatizou-se o problema de moradia, que, em países como os Estados Unidos, onde o total dos empréstimos é de 296 bilhões de dólares (94 bilhões só no ano passado), essas operações são feitas por 14.500 bancos e 3.500 caixas de poupança privadas.
Nada no BNH foi feito à força. O banco e sua política, subordinados ao Ministério do Interior, foram usados para fins de propaganda (que, em muitos casos, irritam os próprios mutuários. Com freqüência, tanto o presidente do BNH quanto o ministro do Interior orgulham-se de ter construído dezenas de milhares de casas. Não há nos arquivos do sistema habitacional brasileiro um só ministro que tenha agradecido aos mutuários por terem pago as casas que eles dizem ter construído, permitindo sempre a impressão de que teriam sido dadas de graça.
PACTO COM O DIABO – No momento em que o BNH se opôs financiar casas para a classe média, conjuntos para as classes mais baixas e obras sanitárias para as zonas suburbanas, fez uma aposta com o diabo, transformando as leis do mercado m programas de metas. Assim, mesmo uma época de crise, não houve na história do BNH nem na do Ministério do Interior um só ano em que seus dirigentes desistissem de anunciar a construção de algumas centenas de milhares de casas, como se não existisse um meio ambiente econômico em torno destas intenções. Em países que têm um sistema estável de financiamento à casa própria, as condições de mercado são decisivas no número de habitações construídas ou vendidas a cada ano. Se as taxas de juros estão altas demais, por exemplo, encarecendo muito o preço das prestações, a quantidade de casas negociadas dentro do sistema cai verticalmente – foi o que aconteceu nos EUA nos dois últimos anos de recessão, quando a construção civil para habitação praticamente parou. Se, ao contrário, a situação econômica permite prestações mais acessíveis, o sistema se expande.
Nos quase vinte anos de existência do BNH tornou-se possível, sem dúvida, o acesso de um número considerável de brasileiros à casa própria. Até dezembro de 1982 o sistema havia financiado 4.071.000 imóveis residenciais em todo o país, dos quais 407.000 já foram integralmente pagos – sobrando, assim, no momento, 3.664.000 contratos cujas prestações estão sendo saldadas. São números expressivos. Eles mostram que foram compradas através do BNH quase 40% de todas as 11 milhões de casas próprias existentes nas cidades brasileiras, segundo o censo de 1980 – que, por sua vez, representam a maioria do grande total de pouco mais de 18 milhões de domicílios urbanos, próprios e alugados, que existem no Brasil. Muitas casas e apartamentos foram construídos e vendidos desde a criação do BNH .
Mas o sistema financeiro a que se devem submeter os compradores começa a se revelar inviável.
Além disso, o Sistema Financeiro da Habitação foi usado indevidamente para remendar buracos em sociedades privadas e na caixa do governo. “No momento em que o BNH começou a financiar exportações e a comprar ORTN sem liquidez, financiando o déficit público com recursos destinados à casa própria, surgiram os primeiros sinais de erosão”, denuncia Maurício Schulman, ex-presidente do Banco, hoje diretor da Bamerindus Crédito Imobiliário. Tudo isso sucede precisamente numa época em que todos os comandos de captação do BNH indicam sinal de perigo. Seu grande patrimônio são os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, que equivalem a três vezes o meio circulante brasileiro. Em abril passado, pela primeira vez em quase 20 anos, o valor dos saques sobre o Fundo – 112,6 bilhões de cruzeiros – superou o de depósitos – 100,5 bilhões – numa demonstração do efeito perverso que o desemprego leva para dentro do próprio Tesouro Nacional. O segundo cofre do sistema, onde se sustentam as sociedades de crédito imobiliário, é o das cadernetas de poupança e dele também veio um sinal de alerta. Entre janeiro e maio 208,4 bilhões de cruzeiros fugiram das cadernetas, que há dois trimestres perdem depósitos.
O MEDO DE JULHO – O dinheiro foge das cadernetas para cobrir buracos no orçamento doméstico ou para gozar do conforto de melhores investimentos. Agora, o presidente do BNH teme que se dê uma nova sangria, pois “enquanto as cadernetas oferecem uma remuneração de 6 a 7%, os bancos podem bancar papéis com até 10% de juros reais, e isso afetaria a captação”. Na mesma linha, raciocina o corretor carioca Adolpho de Oliveira: “No início de abril, na virada do primeiro trimestre, o sistema perdeu 304 bilhões de cruzeiros. Em julho se espera esse mesmo desastre”.
Por mais que o BNH demonstre que há um “refluxo da maré”, os 128% de aumento das prestações continuarão do mesmo tamanho e como a maioria dos mutuários está na classe média, a mais atingida pelas medidas com que o governo procura enfrentar a crise econômica, é do coração das grandes cidades que se ouve a irritação. “A classe média está irada, pois ela tem capacidade e vontade de crescer, mas não lhe estão dando oxigênio”, diz Márcio Fortes, presidente da João Fortes Engenharia e ex-secretário-geral do Ministério da Fazenda. “Nos últimos três anos a classe média perdeu 15% de seu poder aquisitivo e perderá mais com a mudança na lei salarial. Ela pagou um preço alto demais e o governo deveria poupá-la de novos sacrifícios”, acrescenta José Eduardo de Oliveira Penna, ex-diretor do BNH.
MAL DE BELÍNDlA – A declaração de Penna é um exemplo da ambigüidade que rondou a política nacional de habitação. Há dez anos, quando ele estava no BNH e a instituição era acusada de privilegiar a classe média alta com seus financiamentos, ele informava que “o BNH sempre foi e sempre será um banco. O objetivo social só será alcançado através da eficiência financeira. Por isso, precisamos financiar o mercado superior para, então, oferecermos juros baixos ao mercado popular”. Ou seja, dentro do melhor espírito do milagre, a Bélgica formada pelos brasileiros com renda superior a dez salários mínimos deveria ter facilidades para a compra de imóveis a preços exorbitantes porque um dia eles financiariam casas para os brasileiros que vivem na Índia de menos de cinco salários mínimos. Deram-se simultaneamente a concordata da Bélgica e a ineficiência financeira e, como resultado, objetivo social do BNH ficará para ser alcançado daqui a muitos anos.
Para os mutuários incapazes de suportar o peso dos 128% de aumento, a questão social está à porta e, por enquanto, só lhes é dado o caminho da articulação através das recém-nascidas associações, algumas das quais revelam mais capacidade de servir a grupos políticos que as patrocinam do que em atender com resultados reais às pessoas que mobilizam. A mais audaciosa das iniciativas postas em prática até agora saiu da Associação dos Mutuários da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ela recorreu à consultoria do advogado Sérgio Bermudes, nacionalmente conhecido depois de 1978, quando concebeu uma formulação legal através da qual obteve a condenação da União junto à Justiça Federal pela morte, nas dependências do DOI-CODI paulista, do jornalista Vladimir Herzog, em 1975. Bermudes acredita que a solução agora seja política, mas ainda assim vale-se de uma argumentação jurídica: “No momento em que uma pessoa se habilita a comprar um imóvel financiado, ela tem que provar uma renda compatível com a prestação vindoura. Esta prova tem duas finalidades: a primeira, verificar se ao adquirir o imóvel a pessoa está colocando em risco a subsistência da família, e a outra, garantir que o governo receberá de volta o que emprestou. Há no Direito um princípio que reza em latim: Sic Rebus Stantibus, ou seja, as coisas devem se manter as mesmas enquanto a situação é a mesma. Portanto, se as coisas não são mais as mesmas, por que manter a mesma situação?”
COMO FlGUEIREDO – Segundo esse raciocínio, se a situação dos mutuários mudou, num caráter geral, de tal forma que se rompeu o equilíbrio financeiro estabelecido na operação de compra da casa, devem-se rever as condições de pagamento.
A primeira vista o argumento de Bermudes é tão simples quanto ingênuo, mas acreditar que ele esteja a perder tempo por isso seria o mesmo que considerar uma perda de tempo o discurso do presidente João Figueiredo nas Nações Unidas, no ano passado. Lá, Figueiredo advertiu que as condições da economia mundial tinham mudado tanto, para pior, que se essa tendência não se modificasse os países em desenvolvimento sofreriam um tal abalo que ele se refletiria sobre o resto da economia mundial. Menos de um ano depois, assim como os mutuários do BNH, o Brasil começa a colecionar argumentos em favor de uma serena moratória de sua dívida externa, em relação à qual conseguiu dos bancos internacionais algo que o BNH ainda não cogita oferecer no mercado interno: o atraso de um ano na amortização do principal, honrando apenas o pagamento dos juros.
O SONO DE JOSÉ LOPES – É certo que há na cartola do governo diversas medidas para serem tomadas em relação aos mutuários do BNH diante do risco de uma epidemia de inadimplência. A mais óbvia das defesas será uma grande campanha de esclarecimento para que cada mutuário, antes de desistir da casa ou de pagar a prestação, procure um entendimento com o agente financeiro. Lá ele pode obter a prorrogação do prazo, solução eficaz para todos aqueles que já pagaram mais de um terço da dívida, pois mesmo a um custo financeiro alto o novo prazo permitirá que a prestação caia em até 20%.
Nenhuma facilidade, porém, será criada de forma a estimular soluções fáceis, que não custem aos mutuários sequer aborrecimentos burocráticos. Isso porque estima-se que haja dois tipos de mutuários e dois tipos de impacto para os 128%. Um, aquele que comprou seu imóvel antes de 1980, quando a correção monetária foi prefixada em 45% e a inflação real foi de 110,2%. Nesse caso, o benefício foi tamanho que tomando-se o exemplo de um edifício na Tijuca, no Rio de Janeiro, com apartamentos de sala e três quartos, a prestação, mesmo corrigida com os 128%, irá para 75.000 cruzeiros. No mesmo prédio, quem comprou o apartamento em 1981, terá a prestação reajustada para 230.000 cruzeiros.
Onde terminam os mutuários que não podem pagar e começam aqueles que estão à espera de uma oportunidade para dar um calote no BNH, só os primeiros dias de julho dirão. José Lapes de Oliveira certamente terá poucas noites de sono na próxima semana, pois irá para casa com um olho no quadro de depósitos das cadernetas e outro no índice de inadimplência de seu banco. Para bancar esse jogo ele tem 220 bilhões de cruzeiros em caixa, em papéis do Tesouro. Se o subsídio dado pela lei aos funcionários públicos, somado à inadimplência e às operações de socorro que a cada trimestre o banco é obrigado a patrocinar para sociedades de créditos, superar essa quantia, o BNH pedirá água. De certa forma, a água já está até estocada, pois o Banco Central, alertado para os riscos de julho, comprará ao BNH cédulas hipotecárias, num montante ainda indefinido porque indefinido é o tamanho do provável buraco.
Para o governo, a crise do BNH é o sintoma mais claro da chegada da recessão a seus próprios escritórios. Para ele, não é apenas o sonho da casa própria para a classe média que deixou de ser uma quimera a ser alimentada, mas o próprio sonho do BNH que começa a se acabar. Com uma diferença: não adianta pensar em devolvê-lo ao agente financeiro.
em lógica de programação é mais ou menos assim
enquanto povo ignorante
repetir história
se lucro for alto então
mantêm rumo
senão repetir acertos
se der certo então continuar
senão pedir empréstimo
até que acabem os recursos
até que o país afunde
repetir enquanto
quem conhece disso entenderá muita coisa
e ainda dizem que não sei o que digo… pode ser…pode não ser… rs
hummm … O(n^3) no pior caso … o processamento desse algoritmo pode levar anos
Acho que estamos em LOOP no primeiro “LAÇO” !!!!!!!!!!!!!!!!!!
exato “equanto povo ignorante …. repetir enquanto” este tá dificil superar néh?… não será na nossa geração que isso vai mudar não /semesperanças
peter, acrescenta aí repetir de 15 em 15 anos que é o tempo do buffer do sistema apagar toda a memória.
Vc faz excelentes afirmações no post anterior, gostei de quase todas, exceto aquelas petralhices que vc copiou do paulo henrique amorim, aquilo é de armagar. Alias ontem o fhc deu uma bela entrevista ao roda viva.
Recordar é viver e quem viver verá a bolha estourar!!!
O que os senhores acham de uma imobiliária que coloca 6 anúncios no mesmo dia em sequencia?
A tática é chamar para o site, mas não demostrar valor… Antigamente mostravam o valor. Agora só mostram o valor por m². Isso dificulta a pesquisa.
Acho que está batendo um certo panico, mas é preciso colocar a sujeira debaixo do tapete.
Ás vezes colocam vários anúncios com preços diferentes para alavancar o ap ou algum outro ap no mesmo empreendimento. Tudo isso para mudar a percepção do comprador, tornar o preço mais “amigável”… Prática suja de algumas imobiliárias.
Direis, ó confrades, com a eloqüência que em vós se manifesta tão pulcra como a que glorificou Cícero, que esta não é senão a essência da economia: ciclos e ciclos repetindo-se incólumes – malgrado o perene suceder das eras e o por vezes dúbio prognóstico de que o ser humano aprende com os erros -, tal qual o Samsara dos hindus.
Respondo-vos, presto, que há algo que a mim não parece, sob quaisquer prismas, ser cíclico, mas constante e assombrosamente pétreo: a estupidez.
opa… o Poeta voltou … estava com saudades !!!
agora deixa eu correr atras do dicionario ..
int’e maisss
alguém entendeu?
poeta vc nos elogia ou nos xinga quando nos compara à pulcra eloquencia que glorificou Cícero?
Cícero era corretor em Roma?
rsrs, liga o sap pfv.
luiz – o confrade desconfiado
A Materia foi boa, mas a crise atual e a crise descrita ai sao fundamentalmente diferentes
A crise de 83 foi causada por impacto inflacionario e momento economico desfavoravel, era uma crise dos MORADORES, de imoveis ocupados e o problema podia ser atacado de forma centralizada no BNH
A crise atual se desenvolve pela especulacao dos imoveis “compre e repasse” incentivada pela midia, corretores, governo, fipezaps e propaganda das construtoras. E’ a crise dos “imoveis vazios” e nao ha um agente centralizador por tras (sao milhares de especuladores), o que torna MUITO, mas MUITO mais dificil resolver.
A crise de 83 era mais facil resolver, pois bastava o governo fazer uma “renuncia”, socializar o pato e baixar as prestacoes na canetada, e’ doloroso? sim! mas nao e’ o fim do mundo, baixando as prestacoes o povo paga e pronto.
O Governo hoje vai ter que dar um jeito de tornar acessivel o repasse, porem o unico jeito e’ deixar o mercado ajustar o preco, mas se baixar o preco o especulador sofre e sai do mercado, gerando uma avalanche de venda e crise dos lancamentos, entao o governo vai tentar mexer na regra do jogo (prazo, FGTS, parcela, ITBI…), so que ele esta muito limitado, suas armas nao sao suficientes e ele nao manda no especulador como mandava no BNH, eu nao vejo o governo hoje com tantas cartas na manga quanto em 83, por isso acho que sera pior.
sao meus pensamentos…
Pessoal, vou sentir falta do blog quando a bolha estourar. fui um dos maiores defensores do forum, mas nao tem como, isso aqui é mais interessante, nao sei porque.
MRK, obrigado por seus comentários e pela participação, acho muito bem fundamentados e realistas.
Não entendo como o Brasil vive feliz. o transito está um caos, as estrdas as mesmas de 20 anos atras. Na bahia tao privatizando estrada pra deixar pista simples( antes cobrassem pedágio mais alto) ou somente para cortar o mato em volta da pista… Aeroportos, portos, etc tudo sucateado. o que houve de investimento do pac foi da petrobras, investimento privado ou para sugar nossas riquezas naturais. o governo é corrupto demais. voces reclamam do federal, mas nao conhecem a moleza do governo estadual da Bahia. Pior ainda o municipal de salvador.
Quero morar decentemente e para isso vou esperar o tempo que foi. evito conversar com pesssoas normais. essas adoram rotular a gente de miserável ( so pq nao comprei um corola e planejo ficar no minimo 4-5 anos com um carro). Eu nao sou um pais emergente da zona do euro pra gastar o que nao tenho, tenho que ter superavit, viver bem, planejar tudo para na hora da crise morar com dignidade. é uma pena que a inseguranca irá aumentar e o desemprego tambem, mas crescendo ja estamos assim. não vi ganho algum nos ultimos 9 anos. FHC foi um merda, mas na hora que o FMI mandava ele fazia algumas coisas corrtas ( lei de responsabilidade fiscal). No governo de lula so escuto de divisao de estados, novos cargos, etc, interessante. pra que tanta faculdade federal? pra o pov pagar as contas? seria melhor ter as mesmas antigas mas com qualidade. tem muita faculldade sem condicao de funcionar. inclusive federal(essas mais novas). eu fui aluno da ufba.
pois é, o pac 1 e 2 deveria ter sido serio e levado a serio. tudo parado e tudo enganacao. salvador n recebe uma camada de asfalto nao tem um viaduto se quer novo. olha: ano que vem cortarao ainda mais investimento estruturante por causa da crise e pq terao que manter os gastos da copa.. isso daqui virará uma merda pior ainda. Quero que essa bomba estoure e o credito seja mais responsável.
Não se preocupe. Quando uma bolha estoura, sempre aparece outra em formação…hehe
mesmo depois de estourar, ainda comentaremos o fundo do poco, as pessoas irao dizer se estao comprando, quando pagaram vs. o preco pre-bolha etc…
posso dizer que pela dinamica do mercado imobiliario esse blog tem garantido mais 1 ano no minimo!!! hehehe
A bolha americana estourou há 4 anos e o patrick.net continua firme e forte.
não faltará assunto quando a bolha estourar:
“quantas pessoas já foram demitidas na sua empresa?”
“há quantos meses voce está desempregado?”
“quantos % a menos voce conseguiu ao se recolocar no mercado de trabalho?”
“do que adianta o preço dos imóveis pela metade se não tenho crédito e nem cash p/ pagar à vista?”
“o que adianta eu ter cash p/ comprar à vista se tenho medo de perder o emprego e não poder pagar nem o condomínio?”
“poxa, com tantos aps vazios no meu prédio o condomínio aumentou 30%…”
“porque eu não aproveitei a bolha pra ganhar dinheiro?”
hehhe
“pra que tanta faculdade federal?”
Não acredito que li isso…
Não seria melhor: Pra que sucatear as excelentes (em forte queda) Universidades Federais deixando tanta gente entrar, sem critério?
Próxima cota a ser criada: “Pró-QI” – comprove QI abaixo de 50 e venha ser feliz…
Não seria melhor “Estão investindo na educação básica, no ensino técnico médio e nas faculdades federais”.
Continuo não entendendo o que ele quis dizer com “tantas faculdades federais”. Até onde eu sei não tá sobrando vaga em universidade federal.
eu quis dizer: pra que ter tanta faculdade no papel e sem seriedade?deviam focar e melhorar as existentes. deveriam melhorar a educacao fundamental ( tempo integral) e ensino medio. devia ter seriedade e nao so fabricas de diplomas. é essa minha visão.
É inacreditável o pensamento do bananense…
Agora entraremos na fase dos Governantes “maquiadores/decoradores”. Vai ser cada vez mais comum numeros “maquiados” obras/promessas antigas “decoradas” como novas.
E em caso de qualquer problema culpe problemas internacionais afinal ninguem nunca vai admitir que “putz planejamos tudo errado” 😉
Eu acredito que os problemas que virão são os mesmos de 83, temos potencial agora para insolvência dos financiamentos e baixa liquidez dos imóveis só que em escala maior, as alavancas de controle do governo, o gatilho pra desencadear o pânico e as possíveis soluções podem até parecer diferentes, mas não são nada mais que diferentes formas de manifestação para o problema fundamental, o descolamento entre preço pago e valor real.
acho engracadissimo a Dilma ir a publico dizer que a europa deveria seguir o modelo economico brasileiro!
sabe qual a unica diferenca entre o modelo europeu e o nosso? Timming!
E pra variar nos estamos atras… eles estao procurando sair da crise de credito e nos ainda estamos entrando!
Mrk – falou tudo….timing, e como sempre o país das bananas ainda está descobrindo a roda.
Não entraremos em crise geral mesmo que tudo agora se agrave, a crise será imobiliária, a crise geral só acontecerá com uma recessão global, mais aí ainda assim estaremos em melhor cenário que os outros, a NCM de certa forma foi boa para o país, o problema é que o país não esta sendo bom para ninguém pois vivemos em uma bolha geral de LUCROS, exatamente, tudo no Brasil está mais caro que em outros países, isso é insustentável, não são os impostos absurdos que justificam as diferenças de preços, estamos sendo explorados ao extremo por todas as multinacionais aqui instaladas, defendo que elas podem fazer o que quiserem, cabe ao brasileiro deixar de ser otário e pagar, só que a cultura (mediocre) nos faz achar que o caro é pra quem pode, de certa forma é, mas o luxo também deveria vir junto, hoje nem o básico vem direito, desde o tamanho do biscoito até o carro, tudo está sendo explorado ao mais caro, o preço é que estamos ficando mais pobres mesmo sendo rico, isso mesmo, somos um país rico e pobre ao mesmo tempo, o fator final é que o endividamento geral levará o país à uma estabilização forçada, sem vender os empresários terão que diminuir suas margens de lucro, ou abrir mão desse mercado lucrativo, acho dificil eles abandonarem o país, o equilíbrio será alcançado, aposto que será inflação que se encarregará disso, se o salário não for indexado teremos ganhos reais, se for indexado, então teremos crise geral, a politica de diversificação dos mercados e diminuição da pobreza foi positiva e ainda é, mas o limite da exploração social está se esgotando devido fim da margem de endividamento coletivo… mas o governo ainda tem muita gordura para queimar… n será breve…
peter, talvez vc queira participar do nosso bolão do estourão, um post bem antigo
o meu palpite foi 2015
Já estourou!
Os preços estão caindo nitidamente em todas as partes. Quedas (que alguns teimam em chamar de descontos) de 10, 15 e 20 % em praticamente todos os empreendimentos prontos e quedas de até 36% em lançamentos na planta.
Já começou!!
Falta apenas a entrega de todos os empreendimentos em construção para se levantar de vez a cortina deste teatro mórbido e pegar todos pelados dançando nesse palco de insensatez e endividamento. Talvez, no meio do ano que vem a cortina comece a subir!
A primeira região a sentir isso em São Paulo é a Zona Leste. Com exceção de alguns delírios causados pelo estádio do Corinthians em Itaquera, a região inteira está em queda.
Os lançamentos estão roubando o mercado dos usados e até aumentando a oferta de usados, conforme algumas pessoas anunciam suas casas antigas. na tentativa de levantar antecipadamente o dinheiro das chaves.
As construtoras não compram mais terrenos há alguns meses, restando apenas a demanda por moradia. Para piorar a situação, as pessoas não querem mais morar em casas, por causa da violência que está crescendo muito além das estatísticas oficiais, que também crescem de forma assustadora.
Eu recentemente testei o mercado real de usados, pois estava à procura de dois imóveis: um para morar e outro comercial. O mercado real é composto por quem precisa realmente vender o imóvel e não por quem anuncia por R$ 500 mil uma biboca suja e ocupada, cheia de móveis velhos.
Duas regiões diferentes: Moema/Itaim (residencial) e Vila Matilde (comercial).
Em Moema encontrei muitos imóveis à venda mas poucos para vender de verdade. Nos anuncios sinceros, descontos altíssimos, de mais de 40%, para compra à vista e aceitando um eventual ajuste de valor da escritura, pagando parte por fora. Mas o desconto é apenas uma ilusão, uma queda a partir de um valor que nunca existiu. Na prática o aconteceu foi a queda para valores abaixo de R$ 4 mil o m2. A conta de quem quer morar é diferente, outros gastos entram na jogada, a pessoa olha o imóvel com outros olhos.
Um apartamento de 80 m2 com três quatros não é grande coisa. Não é gigante. Nos anos 90 era o apartamento padrão de alguém que tinha dois filhos, era bem remunerado mas não era rico nem de longe. Some 300 mil e alguma coisa aos custos de escritura, reforma (para viver com prazer e conforto, e não para alugar), móveis novos, etc. A conta chega fácil em 500 mil, o que é uma fortuna.
Ou seja: ainda está caro. Poucos podem pagar. Quem vai comprar um apartamento por R$ 300 mil e viver mal, em um lugar sem reforma? Melhor não se mudar, concorda?
Quando eu achava coisa melhor e desistia da compra, eu percebia claramente a decepção dos proprietários e também que não era a primeira vez que passavam por isso. Não era a primeira vez que baixavam o tesouro deles de R$ 500 mil para R$ 300 mil e mesmo assim não vendia.
Um monte de concreto velho, precisando de reforma e com condomínio de R$ 700 não vale mais do que R$ 200 mil para mim.
Na Vila Matilde foi diferente. Poucos precisam vender. Mas poucos querem comprar. Ao mesmo tempo que a cidade inteira possui preconceito com a Zona Leste e não se mudaria para lá, o povo que que mora lá não troca nem mesmo de bairro durante a vida. Acessem o imovelweb e vejam a diferença de tamanho entre Moema e a Zona Leste. Moema possui uma quantidade de imóveis proxima à ZL inteira. Alguns bairros somados possuem 10x a população de Moema e não devem ter 300 imóveis à venda naquele site, enquanto Moema possui 1500. É obvio que existem diferenças culturais que façam que o povo de Moema anuncie mais na internet do que o povo da Penha, mas não causam tanto impacto assim.
O que aconteceu? Encontrei pessoas querendo vender de verdade. Mas apesar de não ter 40 locais para visitar por dia, as poucas opções disponíveis estavam muito baratas. Lá não encontrei descontos. Encontrei preços diretos, expostos de forma objetiva. Em muitos casos a pessoa estava me vendendo por R$ 200 mil uma casa (que com a mentalidade de outros bairros estaria anunciada por R$ 500 mil) e já havia comprado outra casa por R$ 250 mil.
bull trap
nos Eua foram 3 antes do crash
segue abaixo um algoritmo (basico) de bull trap e crash para saber como identificar a data (provavel) da “grande rampa”
tempo = X times
supondo que (valor/fator/indicador/preço/cotação/index) A>B>C>D>E>F>G>H>I>J (neste caso até 10 referencias de base, como valores de imoveis por exemplo)
então J > H sobe A-G (bulll trap 0)
ou I > F sobe A-E e J (bull trap 1)
ou H > E sobe A-D e I-J (bul trap 2)
ou (…) (bull trap nA (down )
tempo= X/10 times
disso temos que quando B>A C-J cai sobe B
quando C>B A, D-J cai sobe B,C
(…) //efeito cascata (rampa de crash, sobe em bull trap, desce em down)
repete B>A
até que A>B>C>D>E>F>G>H>I>J (estabiliza)
resumindo graficamente sobe a 45° em X anos e desce “quase” a 90° em poucos meses…
eu ja estou vendo no mercado imobiliario B>A (alguém já percebeu?)
Caros,
IBGE acabou de anunciar que o PIB não cresceu do 2o para o 3o trimestre.
Jack – Acompanhando a Economia
Daqui a um ano eles “revisam” e dizem que na verdade foi -0.3%
mas veja bem… a bolha brasil ja estouro oficialmente, a economia cresceu alavancada em credito, agora as familias ja estao tao endividadas que nao conseguem mais consumir e vai comecar o movimento de retracao, atingimos o “turning point”
Numa bolha, ou voce cresce ou estoura, nao existe estabilidade por muito tempo!
as industrias vendendo menos pelo crescimento zero vao demitir (algumas ja comecaram), as demissoes geram menos vendas ainda e assim gera a reacao em cadeia que vai estourando as bolhas na economia, em especial a imobiliaria.
apesar de desagradavel, sempre repito a mesma coisa, deveriamos abracao essa recessao, pois e’ dolorosa mas vira fazer correcoes muito necessarias na nossa economia, nao da pra viver iludido achando que o Brasil e’ o rei do mundo e tudo aqui pode ser mais caro que em monaco
Concordo MrK, tbm acho uma recessão necessária para por as coisas de volta no lugar, mas vale lembrar que o governo irá lutar com todas as armas possíveis (impressão de papel moeda) para evitar uma possível recessão:
h t t p : / / g1.globo.com/economia/noticia/2011/08/nao-entraremos-em-recessao-diz-dilma-sobre-crise-internacional.html
h t t p : / / http://www.horadopovo.com.br/2011/11Nov/3007-04-11-2011/P3/pag3d.htm
Eu ainda acho que quando aqui começar a feder de vez, o que já está começando a acontecer, o governo vai se espalhar na “solução” anti-crise norte-americana e imprimir moeda a rodo. Não acho difícil a volta de uma hiper-inflação no Brasil, mas espero estar extremamente errado nesse aspecto.
Talvez ja chegamos no ponto soh que ainda acho que o governo no desespero vai tentar varias cartadas usando medidas governamentais e obras de infra para fazer a economia continuar girando rapido. Se vao ou nao surtir efeito saberemos ja depois do natal.
Com as medidas eh possivel que a economia vai andar de lado por um tempo com alguns repiques de alta ou queda momentaneos ate uma queda mais acentuada.
Só notícia boa ultimamente:
– Poupança tem a menor captação para novembro desde 2002
– Inadimplência sobe em outubro e é a maior desde novembro de 2009
– PIB do país fica estagnado no 3º trimestre …
Ref.: g1
E o preço dos imóveis continuam subindo, subindo, subindo…
Mas que nada…
Esse governo sabe muito bem anestesiar o povo que paga a maior carga tributária da via láctea, com muita bolsa-família, carnaval, futebol e novela.
Nada de querer explicar PIB pro povo… muito “compréquisso”.
O governo PT usa duas políticas:
1ª – Negar, negar e negar. Eles vão negar a bolha até o fim.
2ª – Comprar o bananense com carnaval, pagode, futebol, novela e bolsas.
Apenas complementando seu comentário, agora sim pertinente: será que iniciamos na stagflação?
Parece que sim.
A inflação não está diminundo. No máximo está do jeito que estava: acima dos 5% e com tendência a se manter acima dos 5% por alguns anos.
E o crédito farto não está fazendo mais o seu papel, pois está parecendo que a população está muito endividada e não quer se arriscar mais. No máximo o crédito agora está mantendo a economia no zero a zero, sem crescimento (evitando uma deflação). Sobre o crédito e a dívida, mes que vem vamos ter melhores dados: se a população usou o 13º pra pagar divida ou pra comprar mais. Dependendo deste dado, vamos estar mais perto de termos acertado o que foi dito no início deste paragrafo: estagnação.
E se tivermos os dois mesmo, o Brasil estará no pior dos mundos, já que arrumar a hiperinflação levou décadas. E a história tem mostrado que estaglfação é coisa muito mais difícil de se arrumar.
só esqueceu da queda de ritmo da balança comercial
Saiu um artigo na Bloomberg falando sobre o assunto:
http://www.bloomberg.com/news/2011-12-06/brazil-economy-stalls-as-rousseff-acts-to-boost-gdp-in-face-of-euro-crisis.html
Eu fiz uma tradução dos pontos principais (no meu entender) e coloquei alguns comentários:
rcesar.net/2011/12/economia-brasileira-estanca-dilma-busca-aumento-do-pib-para-enfrentar-a-crise-do-euro/
E já que estamos numa “sessão nostalgia”, deixo aqui para vcs 2 links que enviei para amigos meus no ano passado, quando discutia com eles sobre a “bolha brasileira”. Talvez alguém já os tenha postado em artigos anteriores, mas aqui estão:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u56714.shtml (este dos idos de 2002)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u97643.shtml (já este aqui é da época do auge da bolha, notem o comentário final de Shiller… interessante)
Concordo que certos componentes da “bolha brasileira” são diferentes da americana, mas é incrível como, lendo os artigos, isso parece um “déja vu”…
abs a tds.
Aproveito um trecho de um dos artigos acima pra reiterar o que disse outro dia:
“Se você olha na história do pós-guerra, os preços das moradias sempre se moveram na média acompanhando a inflação. Foi só nos últimos sete, oito anos que houve essa grande expansão, com o crescimento dos valores superando a inflação em 60%. Isso é sem precedentes”, avalia Dean Baker, co-diretor do Centro para Pesquisa Econômica e Política.” [2005]
Ele está falando de 60% em oito anos. Nós tivemos um aumento de 300% em 4 anos. Como eu já disse, o que mais me espanta é como podemos ter números tão absurdos quanto os nossos, muito maiores que os de qualquer outra bolha, e mesmo assim praticamente todo mundo tratar como algo normal.
eu tb fico impressionado com isso – a velocidade de crescimento REAL do preço.
é um aspecto espantoso da bolha brasileira (é bolha mesmo ou “preço descolado da realidade”? who cares…), mas, de certo modo, se refletirmos sobre o q é o Brasil, seu status no plano internacional ,seu nível de desenvolvimento, é relativamente normal para países periféricos (acho q o Brasil já semi-periférico) sofrerem solavancos em regras + agudos do q os países centrais / estáveis. Ou seja: qdo cresce, cresce + rápido. qdo cai, cai + rápido tb.
Isso vale como regra geral.
2 pérolas que tbm mereceriam a capa
vejam que desde 2002 eles falam em estouro, que só veio em 2008
Se observarmos este artigo de 2002, e juntarmos com o vídeo do Espanhistão, eles não deixam dúvidas de que o caminho da Banânia é a bolha.
11:17 SINDUSCON-SP: PIB DA CONSTRUÇÃO DEVE CRESCER 4,8% EM 2011 E 5,2% 2012
São Paulo, 6 – O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil deverá crescer cerca de 4,8% em 2011 e 5,2% em 2012, de
acordo com estimativa divulgada hoje pelo Sinduscson-SP. O dado estimado para 2011 é uma revisão em relação ao índice de
5% que havia sido anunciado em setembro.
A entidade aponta, entre os fatores que sustentam o prognóstico, a elevação de 9,2% no nível de emprego no setor no
acumulado do ano (de janeiro a setembro) ante o mesmo período do ano anterior. Outro dado citado pela entidade é o
crescimento de 7,8% no consumo de cimento no ano até o mês de novembro.
Segundo o vice-presidente de Economia do Sindicato, Eduardo Zaidan, houve um ajuste nas estimativas após a divulgação do
PIB de 2009. “Trabalhávamos com a previsão de que a construção havia crescido 1% naquele ano, quando na verdade o setor
cresceu
8,3%. Com isso, revimos nossa expectativa para os anos seguintes. Agora estimamos que a construção tenha crescido 15,2%
em 2010, e neste ano deverá crescer 4,8% sobre essa base aumentada”, explicou. (Circe Bonatelli)
Ontem passou reportagem na GloboNews dos fabricantes de piso reclamando da concorrência chinesa.
Disseram que a maioria do porcelanato vendido hoje no Brasil vem da China, a preços bem menores que há cerca de dois anos.
A indústria brasileira está reclamando com o Governo.
Dá-lhe desemprego, como já era previsto.
Os empresários brasileiros querem lucros muito altos. Não é incomum setores inteiros da economia passarem 20 anos sustentando margens líquidas de 50%. Aí quem está de fora descobre a mamata e começa a importar da China.
A Gradiente teve lucro fácil sobre o cidadão brasileiro durante décadas. Apoiada por leis, vendia aqui por R$ 2000 o que se comprava lá fora por R$ 500. Detalhe: ela mesma comprava lá fora por R$ 500. A fabricação na Zona Franca era uma ilusão: apenas juntavam placas, componentes grandes pré-fabricados na China e a carcaça.
Pois é. E o que acha q a LG faz agora?
Nah, a situação é diferente, o mercado é bem concorrido.
Na época da Gradiente existiam apenas quatro marcas e a Gradiente era dona de duas e parceira da terceira. Era muito complicado.
As TVs aqui custam caro mas não é o mesmo caso dos anos 90.
O governo está ensaiando fundar (não com incentivos fiscais e sim com barreiras aos importados – o que preocupa) uma chipbrás e uma painelbrás. Disso sim devemos ter medo.
Outra reportagem “sugerida”, desta vez pelo Sinduscon/PR.
Curitiba, 6 de Dezembro de 2011
O Estado do Paraná
Construção civil cresce quase o dobro do PIB
Magaléa Mazziotti
No dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ficou próximo de 0 no terceiro trimestre (exatos 0,7%), uma das locomotivas da geração de riqueza no País – a indústria da construção civil – divulgou nesta terça-feira (6) indicadores e projeções muito acima dos demais setores da economia. Pelo balanço anual do Sindicato da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), o Estado acompanha os números do País, que apontam para um crescimento de 4,8% neste ano e 5,2% para 2012, índices bem acima do que se projeta para o PIB (3% para 2011 e 4,8% para 2012).
Essa expansão, em Curitiba, tem como um dos principais respaldos o cronograma de obras de infraestrutura que a capital ainda precisa cumprir visando a Copa de 2014 e que se intensificará em 2012. “Este ano foi uma prévia do que ainda está por vir e reforça a crença de que atingiremos 5,2% de incremento no VAB (Valor Adicionado Bruto)”, informa o presidente do Sinduscon-PR, Normando Antonio Baú. O VAB é uma espécie de PIB do setor, ou seja, também mede a geração de riqueza.
Nesse cenário, a ideia de que os preços dos imóveis poderiam recuar diante da influência da retração econômica mundial não deve se confirmar; pelo contrário, a tendência é de uma leve valorização por conta do aumento no custo de produção. “No mercado formal, o setor emprega hoje, em Curitiba, cerca de 74 mil profissionais. Precisamos aumentar em 10% o número de profissionais qualificados para dar conta das obras de infraestrutura e dos projetos das construtoras”, avalia o 2º vice-presidente administrativo do Sinduscon-PR, Euclesio Manoel Finatti.
Ele admite que apesar da entidade se antecipar a essa demanda investindo em formação de novos profissionais, a disputa mais acirrada por mão de obra em 2012 deve impactar no custo de produção dos imóveis e uma pressão sobre os preços do metro quadrado na capital. Para garantir a conclusão das obras, a saída passará pela oferta de melhores salários, como vem ocorrendo. Nos últimos sete anos o piso salarial passou de R$ 615,50 para R$ 1.369,70, ou seja, uma evolução de 123%. “A valorização veio acompanhada da incorporação de novas tecnologias no canteiro de obras e na transformação do status social da profissão de pedreiro”, aponta o diretor executivo do Sinduscon-PR, João Guido de Castro Campelo.
Crédito imobiliário sustenta otimismo
Pelo tamanho da área total liberada para a construção, a confiança das construtoras no desempenho do setor segue em alta. Em 2010, foram liberados 3,981 milhões de metros quadrados em área para construção em Curitiba. Para 2011, o total de alvará superará 4 milhões de metros quadrados, 0,5% de aumento. Para o presidente do Sinduscon-PR, a confiança dos empresários se sustenta, principalmente, por conta de fatores como baixas taxas de desemprego, aumento da massa salarial (com a política de reajuste de salário mínimo influenciando outros setores) e crédito imobiliário.
“Enquanto a torneira do crédito não fechar, não há uma ameaça que nos obrigue a rever as projeções de um crescimento sustentável para os próximos anos”, explica. Neste ano, em todo o País, o montante liberado em financiamento imobiliário deve chegar a R$ 120 bilhões, 43% acima de 2010.
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Cargill culpa crise global e demite 2 mil
Autor(es): Por Bettina Barros | De São Paulo
Valor Econômico – 06/12/2011
A Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo, anunciou ontem que vai reduzir sua força de trabalho em 1,5% – 2 mil pessoas serão afetadas, de um quadro mundial de 138 mil funcionários. A maior parte dos cortes ocorrerá nos próximos seis meses.
(…)
Procurada pelo Valor, a Cargill confirmou que o Brasil será atingido pela decisão da matriz, mas não revelou o tamanho do corte. A empresa tem quase 7 mil funcionários no país, onde registrou receita líquida de R$ 14 bilhões de 2010.
———-
Começam a pipocar as primeiras demissões.
Recuo da indústria, inadimplência persistente… o ciclo recessivo começa a aparecer.
Que venham as correções.
Mais uma historinha prosaica do nosso mercado fantástico de lucros eternos!
COmo já contei aqui, no último sábado, fui procurado por uma corretora que ofereceu um apto de 750k por 650k em Botafogo. E fez a ressalva: “Corra pq por esse preço vai vender rapidinho!”
Olhei no site da empresa e no Zap e o imóvel continua anunciado por 750k.
Fingi que nada sabia e liguei lá pedindo informação sobre o imóvel…
Pois bem. Outro corretor disse que está a venda por 750k e que, de repente, pode ser feita uma proposta! Sinistro demais. 100k virou trocado…
Têm 2 casinhas brancas pra vender no bairro onde moro
anos atrás valeriam 200k,
no inicio custavam 300k, hoje custam 600k
continuam vazias meses a fio
são 2 casinhas, o que faz o proprietário um novo milionario virtual
as casinhas brancas já estão amarelas, e o proprietario ainda não caiu na real.
Tipo essa? 440k a mais de 4 meses…
h t t p : / / http://www.nietoimoveis.com.br/mostrar.php?codigo=131369601475194&startitem=&startpage=&endpage=&VirtualRealEstate=&finalidade=Casa%20T%E9rrea&cidade=SANTOS%20-%20&bairro=&dormitorios=
Nem de laje a coisa é.
Pessoal,
Esse crescimento do PIB zero e’ muito serio, principalmente se voce ver o grafico, pois uma coisa e’ o pais estar afundado e ir ascendendo ate atingir o zero, outra e’ o nosso caso: Caindo trimestre apos trimestre ate mergulhar no campo negativo!
Isso que no PIB falaram de jul/ago/set, a sensacao que tive e’ que o pais travou bem mais depois disso, imaginem o 4o tri!?
Com a economia travada (e eu acho que vao rever esse pib pra negativo) a coisa pode ficar mais feia do que imaginavamos, pois como sempre disse: estamos patinando em gelo fino, finissimo!! Qualquer pisadinha mais dura na economia e o gelo quebra… isso porque a populacao esta endividada demais e a poupanca das familias e’ muito baixa, nossa situacao pra enfrentar uma crise hoje e’ MUITO PIOR que em 2008…em outras palavras, quem perder emprego vai dar um festival de calote
se isso se concretizar, a bolha nao murcha mesmo, estoura e bem estourada
o pior dos mundos, crise com inflação.
foi assim na década perdida.
é neste aspecto que hoje mais se assemelha com 1983.
Imagina a situação: a pessoa perde o emprego/ a renda e o dinheiro que guardou mes a mes sendo corroído o poder de compra. Nessa situação horrível até o peterson vai começar a ligar pra política
meu dinheiro não tem moeda rs… eu sempre falo que ele tem valor moeda é relativo ao poder dele… e eu não me ligo em politica pois politica não manda nada, quem manda é quem pode rs…
Peter, to vendo o dollar cair, mesmo com as saídas financeiras do país
Quando será o pico de baixa? fevereiro, março?
Estou avaliando uam estratégia de longo prazo, eu e a torcida do corintias, mas quero estar entre os primeiros desta manada.
hahaha impossivel dizer Luiz, o mercado de moedas é o mais volátil que existe, o mais alavancado, o mais instável e o menos racional, se eu souber qual posição do dólar daqui a 60 dias serei um gênio da adivinhação… quanto às garantias de rendimento sugiro diversificar sua carteira para valores acima de 100k … fica a dica : 30% ouro 30% renda fixa ou Titulos pré-15 30% USD 10% poupança … o equilibrio renderá 10% no minimo AA
http://blogprojetonacional.com.br/serasa-credito-esta-longe-de-bolhas/
/10/2011
Serasa: crédito está longe de “bolhas”
Ricardo Loureiro*
Desde o início do ano, ouvimos alertas quanto aos riscos de estouro de uma bolha de crédito no Brasil. O crescimento acelerado do crédito no país, o alto comprometimento de renda do brasileiro com dívidas e a escalada dos preços dos imóveis nas principais urbes costumam ser listados como sinais da existência dessa bolha. Assim, mais cedo ou mais tarde, sucumbiríamos à crise que acomete o hemisfério Norte.
Em primeiro lugar, o termo não é, a rigor, adequado ao mercado de crédito; tecnicamente, “bolha” representa o descolamento significativo e prolongado do preço de algum ativo financeiro ou real dos seus fundamentos. No entanto, como bolhas especulativas costumam ser precedidas por “booms” de crédito, acaba-se utilizando a terminologia, com certa liberalidade.
Essa associação entre “boom” de crédito e bolha especulativa foi o que ocorreu nos EUA e na Europa: um longo período de crédito farto gerando movimentos especulativos nos preços das residências. Para que essa “tempestade perfeita” se dê, entretanto, é preciso um combustível: a prevalência, por tempo razoável, de taxas reais de juros próximas de zero ou até negativas.
É aqui que começam as diferenças entre o mercado de crédito brasileiro e aquilo que se viu no exterior. Nossa taxa de juros é uma das mais altas do planeta, o que faz com que os bancos brasileiros não precisem, a título de rentabilização, buscar mercados de altíssimo risco.
Outra grande diferença: no Brasil, os bancos possuem baixa alavancagem e operam num ambiente regulatório e fiscalizatório que é referência mundial. Lá fora, os empréstimos de alto risco evoluíram em um impressionante vácuo regulatório e fiscalizatório, disseminando o risco através de operações cruzadas com derivativos exóticos.
Assim, a expansão do crédito no Brasil ocorre sob rigoroso monitoramento da autoridade monetária, que adota medidas macroprudenciais para coibir excessos.
Há quem diga que o mercado de veículos, influenciado pela expansão do crédito nos últimos anos, seria o “subprime” (títulos de crédito hipotecário de alto risco que levaram à crise de 2008) brasileiro. Outros enxergam na valorização dos preços dos imóveis o esboço de uma bolha imobiliária no Brasil.
Não é o que pensamos. No caso dos veículos, é fato que o preço de um zero km pode recuar pouco mais de 20% após o seu primeiro ano de uso, fragilizando a garantia do financiamento. Mas é por isso mesmo que se costuma exigir uma entrada mais ou menos equivalente, no ato do financiamento.
Quanto aos imóveis, as altas de mais de 100% em algumas regiões metropolitanas, nos últimos três anos, refletem o forte crescimento da demanda -induzida pelo elevado grau de confiança dos consumidores, pela ascensão das classes C e D, pelos impactos das novas regras de financiamento imobiliário introduzidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida-, que não encontrou devida resposta da oferta.
Afinal, o setor imobiliário passou por quase 20 anos de letargia, com baixo investimento em mão de obra, produção de insumos e bancos de terrenos. Quando a demanda aflorou, a oferta não conseguiu evoluir no mesmo ritmo, e os preços subiram. Logo, são os fundamentos -e não a bolha- que explicam a alta dos preços das residências.
Uma última consideração: a inadimplência dos consumidores está crescendo pouco mais de 20% neste ano. Mais um sinal de bolha, diriam alguns. Porém, se há bolha de crédito, a inadimplência sobe depois, e não antes do seu estouro. Na verdade, a alta da inadimplência em 2011 se deve à aceleração da inflação no início do ano. Nossos indicadores já apontam para uma estabilização da mesma.
Em suma, não vislumbramos existir bolha de crédito no Brasil. Temos, sim, um movimento saudável de crescimento do crédito.
* Ricardo Loureiro é presidente da Serasa Experian. Sobre o tema, leia mais em “Bolha de crédito, aqui? Estão brincando”
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http://blogprojetonacional.com.br/bolha-de-credito-aqui-estao-brincando/
“Bolha” de crédito, aqui? Estão brincando…
Os jornais de hoje vêm falando muito no crescimento do crédito – deixaram meio que para lá aquela irrelevância do aumento de 0,1% da inadimplência, transformada em manchete alarmista, ontem, pelo Estadão.
Dizem, essencialmente, que o crédito no Brasil está em uma expansão acima do desejado pelo próprio Banco Central.
Está, mas essa expansão contínua do crédito no Brasil tem de existir – claro que com velocidades compatíveis com o controle da inflação – para que possa haver desenvolvimento com inclusão social.
Porque o brasileiro usa pouco o crédito e poucos brasileiros usam o crédito.
O Brasil, como você pode ver no gráfico que recolhi, elaborado pelo Bradesco, é um dos países com menos crédito concedido – às pessoas e aos negócios – do mundo.
Claro que,em grande parte, pelo custo que ele tem aqui.
Não apenas temos uma taxa de juros estratosférica, como o spread bancário é absurdo: cerca de 20% para pessoa jurídica e 35% para pessoas físicas. Um terço disso cobre impostos, compulsórios e custos administrativos, outro terço a inadimplência e o terço restante é a margem de lucro do banco. E ambos só vêm subindo no último ano, segundo os números do banco Central, que você vê neste gráfico aqui.
Mas, de outra parte, porque o acesso aos serviços bancários só no ano passado conseguiu atingir a marca de 60% da população. E, assim mesmo, com contas muito simplificadas e sem acesso, na prática, ao crédito.
Também aí o Brasil precisa tirar uma enormidade em matéria de exclusão, porque crédito significa moradia, bens, produção e emprego para os brasileiros. E, para isso, tem de parar de significar extorsão.
Por: Fernando Brito
Sem comentar as demais bobagens que os “especialistas” disseram, uma coisa importante a frisar é que a taxa de juros é função da taxa de poupança da população, e por consequência, da disponibilidade de recursos não consumidos, os juros no Brasil são altos porque a taxa de poupança é baixa e a disponibilização de bens (tranformação de matéria prima em produto) não acompanha (porque leva um tempo para a tranformação), países com juros baixos tem taxa de poupança alta e mais produtos a disposição.
Taxa de juros não tem nada a ver com bolha, tem a ver com as engrenagens da economia local e com antecipação de recursos financeiros para consumo (crédito), ou foi só agora que os juros estão altos por aqui?
…e o BC caminha a passos largos para a redução dos juros básicos nos próximos meses, o que talvez ajude a inflar ainda mais a nossa amiguinha de formato esférico preenchida com ares primeiro mundistas.
erros do ricardo loureiro:
nossos juros real já está próximo de zero
nosso mercado é tão ou mais arriscado quanto a subprime, vide corretores
o estouro da bolha imobiliaria estourou o crédito, e não o contrário.
segundo as minhas contas não há fundamentos nenhum dizer que a ascensão das classes C e D aumentaram 100% o preço das coberturas no Leblon, acho esse argumento o que desmoraliza todos os outros, e o autor.
A cereja no bolo das Bolhas é sempre a mesma: o argumento dos “especialistas” para nega-las, “dessa vez é diferente…”
A cereja no bolo das Bolhas é sempre a mesma: o argumento dos “especialistas” para nega-las, “dessa vez é diferente…”
_________
Essa é a agulha das bolhas…hehehe
Pergunta para este sr. Fernando Brito, primeiro quanto ele ganhou e de quem para falar tanta baboseira. E depois se ele poderia dizer qual era o indice de Basileia de nossos bancos antes e de 2008 e agora. Ainda estamos acima de 11, mas cada vez mais perto.
E depois fala para ele largar de dar explicações teóricas para uma coisa prática , ou seja aumento do preço dos imóveis da banania em tipica bolha imobiliária
Caramba augusto, é isso mesmo? 11%! Se entendi direito para cada R$ 100 no banco ele tem quase R$1000,00 a receber? Andei lendo por aí que aqui os bancos são sólidos porque esta relação era de 1:3, então o negócio está pior que eu imaginava!
não
é 11 em conta pra cada 100 emprestado. A caixa tinha 15 ano passado e agora tem 13
1:3 é alavancagem, no Br é baixa, desconsiderando o spread, 1:5 ainda é conservador. 8 ou 9 agressivo e 10 ou mais nãos e faz mais em país responsavel há anos.
Luiz,
por favor traduza para o Português o que você escreveu.
Acho que não entendi ainda, o Banco do Brasil, por exemplo, tem um Exigível Total / Pat. Líq. de 1.426,8%, isso quer dizer que para cada R$ 100,00 reais no caixa tem R$ 1426,80 emprestado? Então o índice de Basileia seria o inverso disso (7%)? ou 14,26%?
Como eu faria pra saber qual a alavancagem do banco? Dinimui do spread?
Desde já agradeço!
Índice de Basiléia (Índice de Adequação de Capital): Conceito internacional definido pelo Comitê de Basiléia que recomenda a relação mínima de 8% entre o Patrimônio de Referência (PR) e os riscos ponderados conforme regulamentação em vigor (Patrimônio de Referência Exigido – PRE). No Brasil, a relação mínima exigida é dada pelo fator F, de acordo com a Resolução do CMN nº 3.490, de 29 de agosto de 2007, e Circular do BC n° 3.360, de 12 de setembro de 2007, devendo ser observados os seguintes valores:
a) 0,11 (onze centésimos), para as instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC, exceto cooperativas de crédito não filiadas a cooperativas centrais de crédito; e
b) 0,15 (quinze centésimos), para cooperativas de crédito singulares não filiadas a cooperativas centrais de crédito.
Obs.: As cooperativas de crédito singulares que utilizarem a faculdade prevista no art. 2°, § 4°, da Resolução do CMN n° 3.490, de 2007, devem adicionar 0,02 (dois centésimos) ao fator F.
O cálculo do índice é efetuado de acordo com a seguinte fórmula:
PR*100 / (PRE/fator F)
A instituição ou conglomerado financeiro que detiver Patrimônio de Referência (PR) inferior ao Patrimônio de Referência Exigido (PRE) está desenquadrada em relação ao Índice de Basiléia, ou seja, seu patrimônio é insuficiente para cobrir os riscos existentes em suas operações ativas, passivas e registradas em contas de compensação.
Exemplos:
a) Instituição enquadrada:
PR = 150
PRE = 120
Portanto: PR > PRE
Índice de Basiléia = 150*100/ (120/0,11) = 13,75 (a instituição detém patrimônio suficiente)
b) Instituição desenquadrada:
PR = 150
PRE = 160
Portanto: PR < PRE
Índice de Basiléia = 150*100/(160/0,11) = 10,31 (insuficiência de patrimônio)
Índice de Imobilização: Indica o percentual de comprometimento do Patrimônio de Referência (PR) com o ativo permanente imobilizado. Desde dezembro de 2002, o índice máximo permitido é de 50%, conforme determina a Resolução CMN nº 2.669, de 25 de novembro de 1999. Esse índice é calculado conforme fórmula a seguir:
(Ativo Permanente Imobilizado – Deduções) / (PR – Títulos Patrimoniais)
Sendo que:
Patrimônio de Referência (PR) é a medida de capital regulamentar utilizada para verificar o cumprimento dos limites operacionais das instituições e conglomerados financeiros e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Nos termos da Resolução do CMN nº 3.444, de 28 de fevereiro de 2007, o Patrimônio de Referência é composto basicamente pelo somatório do capital de nível I e do capital de nível II, com as deduções previstas naquele instrumento normativo.
Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é o patrimônio exigido das instituições e dos conglomerados financeiros, decorrente da exposição aos riscos inerentes às atividades desenvolvidas. O cálculo, baseado na regulamentação em vigor, alcança os registros nas contas ativas, passivas e de compensação. Atualmente é definido pela Resolução do CMN 3.490, de 2007, e suas regulamentações posteriores. O PRE é calculado a partir da soma das parcelas de patrimônio exigido para a cobertura das exposições aos diversos riscos, conforme a seguinte fórmula:
PRE = PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR + AdicBC
onde:
PEPR – exposições ponderadas pelo nível de risco a elas atribuídos;
PCAM – exposições em ouro, moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial;
PJUR – operações sujeitas à variação das taxas de juros;
PCOM – operações sujeitas à variação do preço das mercadorias – commodities;
PACS – operações sujeitas à variação do preço de ações; e
POPR – patrimônio exigido para cobertura do risco operacional.
AdicBC é o aumento do valor do PRE da instituição que o BC poderá determinar eventualmente.
Sabe!? Agora tudo faz sentido
Quanto mais inadimplência, mais o serasa ganha!
Faz total sentido o Serasa negar o total óbvio ululante
Com indústria e serviços em queda, economia fica estagnada no 3º tri
No acumulado de 12 meses, o crescimento da economia foi de 3,7%; no ano, o PIB avançou 3,2%
06 de dezembro de 2011 | 9h 04
h t t p ://economia.estadao.com.br/noticias/economia,com-industria-e-servicos-em-queda-economia-fica-estagnada-no-3-tri,94896,0.htm
Caros,
Muito importante esse post do ELIAS.
PIB da Industria e Serviços cairam. Significa que quem segurou foi o Agronegócio.
Conclusões são óbvias demais para lista-las
Jack – Com preguiça
O ploc não virá antes do quarto mandato do Lula!
http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2011/12/06/defasagem-entre-contratacao-de-financiamento-desembolso-de-credito-e-entrega-de-habitacoes/
Ou seja, até 2018 ainda podemos ganhar dinheiro com imóveis.
Finalmente inventaram uma máquina de fazer dinheiro! E tinha que ser no Brasil!
Nada de ações, nada de ouro, nada de petroleo, nada trabalho, indústria ou estudo! Inventamos a máquina de fazer dinheiro!!!
rsrss
PS: Para quem venderemos esses apartamentos que já estão encalhados devido aos preços exorbitantes? Exportaremos para Londres ou Mônaco?
Que tal oferece-los ao molusco e seus amiguinhos ministros demitidos por corrupção?
E eles insistem em aparecer aqui e postar baboseiras
Eu deixei o comentário dele passar só para voces se divertirem um pouco…hehe
Acho impossível precisar a data. No entanto, pode ser possível que isso se estenda por mto tempo sim.
Já comentei aqui que acho que o Governo tem mta lenha (ou óleo do pré-sal) pra queimar e vai queimar tudo que puder. Nenhum político quer ser o portador da notícia ruim e, pior ainda, se mandam uma notícia ruim eles matam o mensageiro.
Acredito que não segura até 2016, mas depende da munição do Governo. A merda é que qto mais dilata pior é a consequência.
o link que ele mandou, que não tem nada a ver com o que ele falou, até que é bom.
São 1,5 mi de casas pelo MCMV para a classe C com renda familiar, incluindo todos os rendimentos e todos que trabalham, no total de até 5 mil reais, isso em menos de 3 anos.
Acontece que nesse mercado não da pra especular pq o teto vai até 150 mil, então o efeito é de suporte, diria que hoje esse valor é praticamente um piso. Acontece que 2 coisas tem fim: população sem casa e dinheiro, obviamente que o dinheiro acaba antes, e neste caso o estouro da bolha pode furar o piso.
Interessante notar o efeito distributivo que o MCMR provoca. Ao subsidiar a classe C ela passa a ter um bem que parte da Classe B não têm. Teremos em breve a faxineira dona de casa própria e o patrão morando no aluguel em bairros praticamente vizinhos.
O PT não criou a maquina do lucro perpetuo, mas criou, ou tentou criar, a maquina da reeleição perpétua
Luiz, esse tipo de situação já existe.
A baba de uma amiga, que mora de aluguel, tem uma casa na rocinha e está expandindo a mesma com uma grande obra. E mãe dessa baba tem outras 3, que aluga.
Não existe lugar para a classe média no Brasil. Seremos um pais de magnatas e miseráveis. Mas uma hora vai faltar gente no meio para pagar a conta.
Um terceiro mandato do Molusco e me mudo pro Paraguai.
O terrível, se esta bolha estourar ou desinflar depois das olimpíadas (muito tempo) !!!
Isto ocorreu com a Grécia e provavelmente ocorrerá com a Inglaterra.
Me parece que os preços do imóveis na Inglaterra estão bem altos e estão se sustentando por causa da Olimpíada !!!
Alguém poderia dizer o contrário do que eu falei ?
1o. – As Olimpíadas é apenas no Rio de Janeiro (Não se esqueçam!). Nas outras 5000 cidades brasileiras não tem olimpíadas. Ou seja, obviamente as olimpíadas não é argumento para uma bolha imobiliária no interior no Paraná!
2o. – As Olimpíadas são, do ponto de vista econômico, insignificantes para um país como o Brasil. É puro Marketing. O carnaval de salvador atrai mais turistas!
3o. – O estouro da Bolha está diretamente ligado à data de formação da mesma, à intensidade de aumento dos preços e ao cenário econômico.
Não é um bando de atleta correndo numa pista de atletismo ou saltando com varas que vai fazer um cidadão (ou milhares deles) ser capaz de comprar um apartamento de 1 milhão de reais!
A verdade é uma só, nos últimos anos os espertalhões utilizaram qualquer motivo para especular, seja ele sólido ou não, que somado à ganância e/ou ignoância econômica da população, fez com que fosse perdido o controle dos valores reais dos imóveis.
…ignorância econômica…
Obrigado pelas informações !!!
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,pib-confirma-ciclo-sustentado-de-expansao-da-economia-afirma-tombini,94947,0.htm
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Crédito imobiliário deve crescer 30% em 2011
Sinduscon prevê que o volume de crédito some R$ 117 bilhões neste ano
06 de dezembro de 2011 | 13h 08
NotíciaComentários 233 A+ A- Assine a Newsletter Tweet
Circe Bonatelli, da Agência Estado
SÃO PAULO – O crédito habitacional deve terminar 2011 com um volume de R$ 117 bilhões e, em 2012, de R$ 152,1 bilhões, de acordo com projeções divulgadas nesta terça-feira, 6, pelo Sinduscon-SP, durante entrevista com a imprensa na capital paulista. A estimativa de crescimento em 2011 representa uma elevação de cerca de 30% em relação ao ano anterior, quando o crédito imobiliário atingiu um montante em torno de R$ 90 bilhões.
“É um salto significativo e explica a evolução e as mudanças do setor da construção”, avaliou Ana Maria Castelo, consultora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A principal origem do crédito neste ano e no próximo continuará sendo o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que deve responder por cerca de R$ 81 bilhões em 2011 e de cerca de R$ 107 bi em 2012, segundo estimativas do Sinduscon-SP. Os recursos do FGTS, que também têm mostrado participação crescente, devem somar cerca de R$ 36 bilhões neste ano e cerca de R$ 45 bilhões no próximo.
O crédito habitacional atingiu em outubro o equivalente a 4,75% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, o que representa uma alta ante os 3,25% registrados no mesmo mês do ano anterior. Segundo os dados apresentados pelo Sinduscon-SP, o crédito para o setor vem mostrando crescimento em relação ao PIB e deve continuar nessa rota em 2012.
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Acho que para quem tem interesse em comprar um imóvel daqui uns 3 anos é até interessante essa euforia. Vejam quantos lançamentos! Vai ser tanta oferta que valerá a pena esperar. E o melhor: sem correr o risco de comprar na planta e se deparar com um imóvel mal acabado e com problemas estruturais.
3 ANOS??! Ano que vem os preços já caem 40% – 50%! se hoje já temos descontos de 20%…
Fora essa turma toda endividada…
quis dizer: pra que ter tanta faculdade no papel e sem seriedade?deviam focar e melhorar as existentes. deveriam melhorar a educacao fundamental ( tempo integral) e ensino medio. devia ter seriedade e nao so fabricas de diplomas. é essa minha visão.
tenho um amigo que trabalha com imóveis em SP desde 1998, não sendo portanto um aventureiro que entrou na onda nestes últimos 2 anos. Ele me disse que os negócios estão bem parados nos últimos 2 meses em virtude dos preços exorbitantes que os imóveis atingiram em SP. Acho que esse testemunho de alguém de dentro do mercado, que é ético e competente, é a melhor resposta a qualquer um que venha dizer o contrário.
Se fosse acomodação (para um ritmo saudável by Sinduscon & Creci) os negócios reduziriam gradualmente. Parou assim, de vez… é PLOC!
Já ouvi de outro corretor isso também. Estão desesperados pra empurrar qualquer porcaria para as pessoas, só pra não passar o mês sem comissão.
Eu tenho um amigo que é corretor a 12 anos, esta desesperado a 5 meses que ele não vende nada se não fosse a esposa dele que trabalha fora, estaria todo endividado o carro dele esta com duas prestação atrazada, fiquei com doooooo
Não tenho dó. Nenhuma. Até porque quando eles vendem, ganham mais do que muita gente ganha em um mês.
O termometro é a rua, cada dia mais placas. e não essas baboseiras que emprensa comprada anuncia , e anuncios furados de zaps.
só cego pra não notar mesmo.
Esse anúncio é de estarrecer…
h ttp://www.wimoveis.com.br/imovel/venda-apartamento-brasilia-df-4-quartos-sqs-110-370613#
2000k num pombal desses? com uma vaga?
PIB Nulo não pode ser sinal de pujança. Só OTÁRIO para continuar pagando 800 mil reais por um 3 quartos em bairros, como a Barra, no Rio…
Está em todos os jornais e revistas, qualquer idiota diretor de Sindicato/Associação de corretores ou construtoras vai ter que engolir isso
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/pib-nulo-reflete-desaceleracao-dos-brics-diz-economist
Semana passada conversei com um amigo que trabalha na área de crédito imobiliário de um grande banco privado. Perguntei como estava a demanda por crédito, etc… Ele respondeu que em relação ao mes anterior não houve queda mas em relação ao ano passado caiu bastante. Eles esperavam um pico agora no final deste ano, como acontecera nos anos anteriores.
Mas ainda existem pessoas solicitando crédito imobiliário, mesmo com preços altos!
Outra coisa que esse amigo comentou. O banco não está liberando crédito fácil. Eles estão analisando tudo, conta-corrente, cartão de crédito, financiamentos, renda, etc.. A prestação não pode ultrapassar 30% da renda líquida e se tiver, por exemplo, um financiamento de carro ou parcelas no cartão de crédito esse valor máximo diminue. Esse procedimento está assim por pelo menos 2 anos.
Mas quando eu perguntei se ainda tem louco que está comprando imóvel nesses preços exorbitantes a resposta foi a clássica frase: “É o preço do mercado…”
“O banco não está liberando crédito fácil. Eles estão analisando tudo, conta-corrente, cartão de crédito, financiamentos, renda, etc”
é fácil concluir que seu amigo não trabalha no bb ou cef.
Exato. Porque na caixa dá 35% da renda liquida facim, facim.
É um banco privado!!!!
Caros bolhistas
Essa reportagem sobre o crash de 1983 é bem interessante. Eu era muito pequeno na época para lembrar o que havia acontecido de fato. Como foi dito acima pelo MRK, a crise do BNH em 83 é muito diferente da que ocorre hoje nos mercados imobiliário e de crédito brasileiro. Porém, apesar das diferenças, as atitudes governamentais diante das situações de crise não evoluiram. Podemos supor que o enfrentamento da crise atual seja tão ou mais desastroso do enfrentamento em 1983, que era muito mais simples aos olhos atuais, mas por estarem lidando com uma faceta nova da conjuntura economica, medidas erradas foram e, novamente, serão tomadas e negligenciadas em nome dos mesmo motivos escusos eleitoreiros o que agravará a situação até o ponto do crash total.
Outro ponto importante que quero destacar é que nos acostumamos, como seres humanos, com a realidade em que passamos a viver. Dito isto, lembremos que, no inicio do ano, era INIMAGINÁVEL pensar em qualquer tipo de desconto quando se falava na aquisição de imoveis e hoje vemos descontos em abundãncia. Talvez tenhamos nos acostumado com o fato desses descontos terem aparecidos de forma timida, disfarçando uma ligação entre baixa de preços e estouro da bolha.
Diante disso, faço coro com os colegas que acham que a bolha ja estourou, o que estamos vendo é o “segura daqui, segura dali” pra coisa não desandar de vez. Mas é inevitavel, a coisa já fedeu. Agora é esperar e assistir de camarote.
Creio ser o famoso “New Paradigm”…
Pessoal ,
Acredito na bolha,não sei quando vai estourar, por isso farei minha parte
PARA QUEM MORA EM BRASÍLIA, ESTOU VENDENDO DOIS APARTAMENTOS,
O primeiro no NOROESTE, 4 qts, 127m², 3 suítes, 2 vagas, 3º andar, nascente, com vista, lazer completíssimo, fino
acabamento, entrega Outubro de 2012, com valor de 30% menos do que o valor de mercado. (quitado)
Outro em SAMAMBAIA, 2 qts, 62m², 1 suíte , 3° andar, vista livre, lazer completíssimo, (quitado) com 20% menos
que o valor de mercado.
Estou a disposição e acredito em tudo o que debatemos aqui.
Abraço a todos
Colega, não querendo te desanimar não, mas acho q vc veio ao blog errado. rs
abs e boa sorte !
pago 50% do valor que você está pedindo, lembrando que ainda por cima tem os outros 30% que você vai dar…
mas tem que ser rápido, pois essa oferta vale só até amanhã! a lista de ofertas é grande!
depois de amanhã a tabela muda, e o valor que vou oferecer é 80% do que estou oferecendo hoje
Fechado amigo, vendo para sua mãe com até 90%
peça para Ela me procurar
mas amigo, minha mae nao mora em brasilia, e além do mais, ela é uma simples senhora do interior de pernambuco, que ficou lá recebendo bolsa-família para ajudar no sustento dos meus outros 12 irmãos.
eu, entretanto, saí de onibus do interior de pernambuco, e vim para brasilia em busca de emprego. trabalhei como catador, gari, e hoje sou servente de pedreiro. graças ao lula, claro, saí de pernambuco ganhando apenas 12 reais por mês, e hoje estou aqui, situado na classe média brasileira, com aumentos salariais expressivos nos ultimos anos, além da especialização e posterior aumento de mão-de-obra que permitiram que eu pudesse adquirir um imóvel como esse em singelos pagamentos mensais durante trinta anos, a preços módicos de nove mil reais o metro quadrado, mesmo porque estamos todos certos que o brasil é um moto continuo, com crescimento infinito, a taxas chinesas de 10% ao ano com reajuste salarial de 30% ao ano, ou pelo menos, foi isso que o lula fez muita gente acreditar…
e por falar em minha mae, acabei de mudar a tabela de preços, pago 40% do preço, é pegar ou largar
Fala o preço aí amigo! Tô querendo dar uma “investida” nos imóveis de Brasília!
Vai ser osso vender aqui pra algum bolhista, cara.
Pensando bem, me vende aí, pois tá numa época boa de investir.
Quanto quer nesse do noroeste?
Hoje, em bh, vi dois apartamentos usados na zona sul:
1- sion, 2 q, 2vg: estavam pedindo 430 mil, mas baixou para 395 mil e aceita proposta
2- luxemburgo, 2q, 2vg, fino acab: no site estava por 450 mil mas a colega do meu corretor avisou ele que foi reajustado para 430 mil, e depois ele me disse que a dona aceita proposta e que qcha que ele pode chegar perto de 400 mil.
Fiquei mais de uma hora na imobiliaria e nao vi o telefone tocar…
http://odia.ig.com.br/portal/imoveis/html/2011/12/avaliacao_de_imoveis_tera_novas_regras_em_2012_210834.html
Avaliação de imóveis terá novas regras em 2012
Novo critério determina que corretores de imóveis precisam de curso formalmente aceito para serem incluídos no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários a partir do próximo ano
Rio – A partir de 2012, só poderão se cadastrar no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários (CNAI) os profissionais cujo curso de Avaliação de Imóveis tenha sido feito em uma instituição de ensino que já ministre a formação de Técnico em Transações Imobiliária com aprovação de um Conselho Estadual de Educação e reconhecido pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).
A nova regulamentação não altera a situação dos profissionais já cadastrados. No entanto, os 72 cursos de avaliação de imóveis atualmente em funcionamento no Brasil só poderão funcionar com a autorização atual até o fim do ano. Para dar continuidade às atividades em 2012, deverão se submeter às regras definidas pelo Cofeci, que é a autarquia federal incumbida de regulamentar e fiscalizar o mercado imobiliário e a profissão de corretores de imóveis.
“Esta é uma medida que visa assegurar a qualidade dos cursos oferecidos aos profissionais do setor e, por conseqüência, o bom nível dos trabalhos de avaliação realizados por corretores de imóveis”, explica o presidente do Cofeci, João Teodoro da Silva.
Tradicionalmente, o corretor de imóveis tem a atribuição legal de opinar em relação à comercialização imobiliária. Recentemente, o Cofeci decidiu buscar a regulamentação do nicho de mercado para os profissionais da área. A partir da iniciativa da entidade, há cerca de cinco anos a categoria pode emitir pareceres técnicos de avaliação mercadológica.
O novo ato normativo prevê que todas as Portarias-Cofeci de reconhecimento de cursos de avaliação expedidas antes de 14 de setembro de 2011 serão revogadas em 31 de dezembro próximo. A partir de então, somente as instituições de ensino que atendam os quesitos da nova regulamentação poderão submeter ao reconhecimento do Cofeci um curso de avaliação imobiliária.
“A medida tomada pelo Cofeci não só assegurou um novo segmento para o corretor, com mais uma alternativa de renda, como definiu padrão de qualidade e um modelo de trabalho para as avaliações imobiliárias feitas pela nossa categoria. Este é um segmento promissor, que já conta com aproximadamente 8 mil corretores inscritos no CNAI, em todo o Brasil”, conta o vice-presidente de Avaliação Imobiliária do Cofeci, Luiz Barcellos.
Os pareceres emitidos por corretores trazem informações como a descrição completa do imóvel e entorno, e dados para aplicação de método comparativo para a determinação precisa do valor de mercado da unidade. As avaliações podem ser utilizadas epara o estabelecimento de garantias bancárias, atualização de plantas de valores genéricos dos municípios, processos judiciais de desapropriação, partilha de bens, inventários e heranças, revisionais de locação, penhoras e execuções de bens, entre outras circunstâncias.
Cursos à distância
A criação de cursos de avaliação de imóveis a distância também está prevista na nova regra. O reconhecimento ao curso estará condicionado à visita de uma equipe do Cofeci, e as exigências para essa modalidade, contudo, são ainda maiores: as instituições de ensino terão que comprovar capacidade pedagógica e tecnológica de ministrar aulas à distância, qualidade do material didático e utilização de todas as mídias necessárias ao ensino não presencial. O reconhecimento ao curso.
“O novo ato normativo é o resultado de um cuidadoso trabalho, envolvendo as áreas de pedagogia e tecnologia, que vem sendo desenvolvido desde dezembro de 2010”, explica Barcellos. A íntegra das exigências contidas no novo ato normativo está disponível no site do Cofeci (www.cofeci.gov.br), no link Legislação, com o ato normativo 001/2001 anexado à resolução 1066 de 2007.
Prestem atenção nos números. É óbvio que o montante do crédito imobiliário cresceu 30 % no último ano. Os preços dos imóveis, não por coincidência, subiram o mesmo índice.
Basta pesquisar pra saber que, em número de imóveis, o crescimento foi bem menor ou quase nulo. Atentem ainda para o fato de que o percentual de compras com financiamento e o percentual de financiamento em relação ao valor dos imóveis vendidos são cada vez maiores.
Com notícia e estatística sempre existe dois ângulos
Encontrei um gráfico muito importante para visualizar a evolução do preço dos imóveis num período realmente representativo( a partir de 2000). O gráfico se baseia no IGMI -C , Índice Geral do Mercado Imobiliário Comercial, criado pela FGV em conjunto com a Bovespa.
Existe ainda uma comparação da evolução dos imóveis frente ao CDI e nela fica clara a bolha a partir de 2008, quando o índice descola do CDI de forma absurda e exponencial. Vale a pena analisar, já que só se tinha dados a partir de 2008 pelo FIPEZAP.
http://hcinvestimentos.com/2011/02/14/igmi-c-indice-geral-do-mercado-imobiliario-%E2%80%93-comercial/
poxa, q análise interessante…
estou há + ou – 1 ano acompanhando o tema, aqui no Bolha e em outros sites, e ainda não tinha visto esse post q já tem alguns meses.
excelente dica, thiago !
Também gostei desta análise, bem interessante.
Está em linha e dá suporte ao que foi discutido no blog.
Eu estava pensando nisso algum tempo atrás, e acho que o que vivemos hoje é pior do que na época da inflação, pois antigamente a prestação aumentava 128%, mas tinhamos algum aumento no nosso salário que na época era a reposição da inflação. Agora o preço dos imóveis aumentam 80% ou 90% em 1 ano e o salário não aumenta nesse percentual nem em 5 anos. Então pensando bem qual a pior situação?
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/fundos/noticias/maior-fundo-imobiliario-brasileiro-fica-mais-rentavel
Minha opinião é que ainda temos altas acima do CDI para os próximos 8 anos, o quarto mandato será o ponto de saída.
Cara, você é o q? Corretor, dono de imobiliária, investidor Ponzi, ou simplesmente um fã do Molusco?
Acho que ele é o corretor que apresentou um documento estranho do Itau a algum tempo.
Me, tudo o que sobe, desce
ou vc pensa que achou o mapa da mina?
essa opção era boa em 2005, mas em 2005 quase ninguem sabia que era
hj todo mundo sabe que é uma boa opção, exatamente por este motivo, não será mais.
quarto mandato de quem, cara pálida?
você ao menos viu no jornal a foto do lula ao lado da dilma? se sim, quantos anos a mais você daria de vida a ele?
O conselho de administração da Gafisa aprovou uma primeira emissão de notas promissórias comerciais no valor de R$ 230 milhões. A emissão se dará em duas séries, uma de R$ 150 milhões e outra de R$ 80 milhões, com valor unitário de R$ 10 milhões cada papel.
“Os recursos captados por meio da distribuição pública das notas promissórias serão utilizados para usos gerais da companhia – capital de giro”, afirma a Gafisa em ata da reunião do conselho. As notas promissórias terão prazo de vencimento de até 360 dias corridos a partir da emissão. (com informações de Reuters)
Eles vão se alavancar ainda mais. Já não basta estar com a corda no pescoço?
BNDES vai comprar quantas dessas “promissorias”?
Será que o crescimento do crédito imobiliário não é devido à entrega das chaves?
No meu entendimento, a medida que os empreendimentos ficam prontos, os compradores vão pedir empréstimo no banco – vários de uma vez – e com isso o “crédito” cresce.
Se for isso, o crescimento do crédito em 2012 será maior que em 2011.
Isso se a poupança não secar e se os bancos tiverem coragem de emprestar.
A ver.
boa
O grande problema, a meu ver, é que já não existe mais patamar de preços.
Ninguém sabe mais qual é o preço justo por um determinado imóvel.
Eu digo isso porque os preços já estão irreais de tal forma que quando a bolha estourar é capaz de pessoas pagarem valores muito diferentes por imóveis semelhantes, dependendo do conhecimento de mercado, poder de barganha, e da situação financeira do dono ( um financiamento de 1kk nas costas não é moleza! e dificilmente alugar o imóvel – ainda mais depois do estouro – vai chegar próximo do valor da parcela).
Eh realmente uma coisa de se pensar muito. Qual o preco justo das coisas no Brasil? Tudo tah ficando um absurdo… nao vai ter aumento de renda que sustente isso por muito tempo.
espera vir janeiro com o aumento do mínimo… é o PT trazendo de volta a famigerada inflação!
Notícia fresquinha….
Pela primeira vez em cinco anos, o preço médio dos apartamentos novos caiu em Curitiba. Desvalorização foi de 0,88% – índice que é considerado “estabilidade” pelos empresários
http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1200151&tit=2012-sera-ano-de-valorizacao-moderada-para-lancamentos
Será que vem ladeira abaixo em 2012 qdo começarem a “pipocar” as entregas das chaves e os “investidores” começarem a vender as suas “bombas” super valorizadas?
Pra melhorar mesmo, acredito que uma bela solução seja a investir em empreendimentos positivos como a quadra 500 do Sudoeste, isso sim é legal.
Um engenheiro repetindo essas bobagens de aluguel é dinheiro jogado fora!! Imagina o populacho que não sabe fazer uma regra de três! Santa ignorância.
Também acho, tem gente que tem preguiça de fazer contas mesmo, isso nunca deveria acontecer com um engenheiro, a não ser que seja daqueles que só assina!
Estagflação começando?
A inflação não está diminundo. No máximo está do jeito que estava: acima dos 5% e com tendência a se manter acima dos 5% por alguns anos.
E o crédito farto não está fazendo mais o seu papel, pois está parecendo que a população está muito endividada e não quer se arriscar mais. No máximo o crédito agora está mantendo a economia no zero a zero, sem crescimento (evitando uma deflação).
Sobre o crédito e a dívida, mes que vem vamos ter melhores dados: se a população usou o 13º pra pagar divida ou pra comprar mais. Dependendo deste dado, vamos estar mais perto de termos acertado o que foi dito anteriormente: estagnação.
E se tivermos os dois mesmo, o Brasil estará no pior dos mundos, já que arrumar a hiperinflação levou décadas. E a história tem mostrado que estaglfação é coisa muito mais difícil de se arrumar.