Pessimismo sobre nós – Jornal de Brasilia
Palavras de quem vê as coisas do lado de fora…
Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/selecao-diaria-de-noticias/midias-nacionais/brasil/jornal-de-brasilia/2011/04/23/pessimismo-sobre-nos
“A lgo que me vem à cabeça quando penso em Brasil é a bolha imobiliária”, afirmou o professor Robert Shiller, da Universidade de Yale. Um estouro dessa bolha, no entanto, não seria tão devastador no Brasil como foi nos Estados Unidos. “O estouro da bolha imobiliária gerou mais medo aqui do que imagino que geraria no Brasil”, completou, ponderando que os americanos eram mais complacentes do que provavelmente são os brasileiros. Shiller também vê bolhas no Canadá e na China. No que se refere à economia global, enquanto os mais otimistas garantem que o pior já passou, Shiller vê “muitos riscos olhando à frente”, especialmente nos Estados Unidos. “Preocupo-me que tenhamos um duplo mergulho na recessão”, afirmou em entrevista em sua sala no campus da universidade, na cidade de New Haven. Shiller, que já esteve duas vezes no Brasil, foi considerado um dos três economistas mais influentes do pós-crise em levantamento feito pela revista britânica The Economist em fevereiro deste ano, em cuja votação participou importantes economistas da atualidade. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Que riscos o senhor vê no Brasil hoje?
Algo que me vem à cabeça quando penso em Brasil é a bolha imobiliária. Não há muitos lugares no mundo onde há bolhas imobiliárias ocorrendo neste momento, pois estamos vivendo num tipo de mundo pós-bolhas. Houve bolhas em vários países, cujo pico foi há alguns anos e nos trouxe toda essa crise financeira. Desde então, poucos lugares, como China e Brasil, têm apresentado bolhas pós-crise financeira. É um tipo de anomalia de algum modo. Por que o Brasil vai tão bem quando os Estados Unidos estão em colapso? É uma questão interessante. Eu não sei, mas talvez tenha a ver com Dilma. (risos)
Então pergunto, por que acha que o Brasil está indo tão bem?
Parece que o Brasil está emergindo com sucesso no mundo avançado e só continua indo bem. O Brasil é um caso perfeito do que parece ser um novo mundo capitalista. Vocês elegeram Lula, que era de um partido bem de esquerda, homem de sindicato e, mesmo assim, o Brasil se tornou um país capitalista bem sucedido. Esse é um tipo de história do mundo de hoje. É uma revolução capitalista acontecendo e países bem-sucedidos estão envolvidos nela. Parece que essas bolhas imobiliárias são uma reação a isso. Quando eu estava no Brasil há alguns anos, eu percebi que os preços de imóveis não estavam tão elevados e pensei que isso seria apenas uma questão de tempo. E agora os preços estão altos. Outro país que está vivendo uma espécie de bolha imobiliária é o Canadá. Não é uma bolha tão grande, mas os preços de imóveis no Canadá em termos reais subiram ao redor de 50% nos últimos cinco anos e continuam subindo. Então, começa a parecer uma bolha lá também.
O que uma bolha imobiliária em Brasil pode ter em comum a que estourou nos EUA? Afinal não temos o mesmo setor de hipotecas subprime, nem o mercado alavancado como nos EUA.
Você está dizendo a mesma coisa que falam no Canadá e na China (risos). Eles também não têm muito disso, de hipotecas subprime. Eles têm orgulho e acham que o Canadá pode ficar fora disso. Na China, creio também que o segmento de subprime não tem o mesmo tamanho. Eles não têm os mesmo problemas que os EUA tinham, como o das agências de rating dando (notas) “AAA” em ativos de hipotecas duvidosas. Mas, mesmo assim, eles estão atravessando uma bolha. Talvez seja apenas o tipo de bolha clássica causada pela excitação dos investidores e esperanças exageradas em relação ao futuro.
Quão severo pode ser o estouro de uma bolha imobiliária no Brasil?
É uma pergunta interessante. Creio que não seria devastador como foi nos Estados Unidos. Éramos mais complacentes do que provavelmente os brasileiros são agora. O estouro da bolha imobiliária gerou mais medo aqui do que imagino que geraria no Brasil.
Até que ponto a inflação é uma ameaça para o mundo atualm e n te?
Na verdade, podemos ser surpreendidos por estagflação, pelo menos, nos Estados Unidos e em alguns outros países. A economia mundial não está fortemente recuperada. As autoridades monetárias poderão se ver diante de um conflito, especialmente na Europa e EUA onde, para recuperar suas economias, os governos estão mantendo os juros bem baixos. Mas daí a gente vê a inflação subindo. O preço do petróleo está ajudando a pressionar a inflação e deve continuar a fazê-lo. Esse movimento leva a uma psicologia inflacionária em economias ainda estagnadas e coloca os bancos centrais num dilema. Mas, por enquanto, não vejo a inflação como um risco alto. Estou mais preocupado com uma economia fraca do que com a inflação.
O senhor vê a recente disparada do petróleo como um grande risco?
Nos Estados Unidos, Europa e Japão, os preços do petróleo podem representar quase uma situação de pânico, especialmente, agora, no Japão após essa crise nuclear onde as pessoas estão pensando em uma alternativa à energia nuclear. Acho que é um dos fatores que também podem impulsionar os preços do petróleo. No passado, os preços altos do petróleo foram um bom indicador para recessões. A impressão que tenho é de que há muitos riscos à frente.
Quando o Federal Reserve deve começar a saída da política de afrouxamento (monetário)?
Minha opinião é de que o Fed não será capaz de sair dela tão cedo, pois o taxa de desemprego está em um nível muito alto. Nos Estados Unidos, a taxa está em 8,8%, mas em parte caiu porque os trabalhadores estão desencorajados, deixando de procurar trabalho. A taxa de desemprego de longo período também está em níveis recordes. Isso me faz pensar que o Fed não será capaz de tirar os estímulos por algum tempo e posso imaginar que haverá um QE3 (sigla em inglês para ‘quantitative easing’ 3 ou uma terceira rodada de alívio quantitativo). Embora eles não tenham dito isso.
O senhor acredita que haverá uma terceira rodada?
Sim, porque eles não podem simplesmente tirar suporte de uma economia ainda tão fraca. Creio que o desemprego se manterá alto por um longo tempo. É por isso que não imagino o Fed subindo os juros. Não posso prever, mas QE3 é certamente uma possibilidade.
Seria o caso também de o governo americano dar mais estímulos fiscais?
Provavelmente, sim. Deveriam investir mais em infraestrutura, como recuperar rodovias e pontes, melhorar escolas, além de fazer mais pesquisas cientificas. Mas estamos fazendo o oposto justamente por causa dessa preocupação com déficit, que é uma preocupação conservadora. Avalio que essa deva ser uma preocupação de longo prazo. Estamos ainda numa economia fraca e não acho que é hora ainda de pensar nisso.
Devemos temer um duplo mergulho ou uma nova recessão nos EUA?
Tenho minha própria definição de duplo mergulho, que é outra recessão ocorrendo antes que a taxa de desemprego volte para níveis mais baixos. Então, me preocupo que tenhamos um duplo mergulho. Até agora tivemos seis trimestres de crescimento sólido desde a recessão, mas vai levar muito tempo até que a taxa de desemprego caía e podemos ter outra crise antes que essa taxa volte realmente para níveis bem mais baixos.
Tivemos um primeiro trimestre turbulento, com problemas em países árabes, no Japão e com a dívida soberana na Europa. Como os mercados acionários conseguiram se sair tão bem?
Costumo dizer que ninguém consegue saber o que está na mente de um investidor. A história que eu contaria é que os mercados caíram tremendamente na época da falência do Lehman Brothers em 2008 e houve grande medo de depressão. Em seguida, houve a eleição do presidente Barack Obama que trouxe uma esperança nova. Tivemos um novo plano, o Ato de Recuperação e Reinvestimento americano de US$ 787 bilhões, em 2009. Os lucros das empresas começaram a melhorar, em parte por causa dos cortes de custos, uma vez que muitas pessoas foram demitidas, o que ajudou nos lucros. Houve também os testes de estresse nos bancos dos EUA que trouxeram (mais clareza sobre saúde dos bancos) e, depois, notícias de bancos pagando grandes bônus aos seus altos executivos. Tudo isso dava a impressão de que estávamos saindo (da crise). Parece entusiasmo especulativo, não de fundamentos.
Só queria comentar que estou curioso pra ver os comentários dos que apostam na bolha. Obrigado.
A questão não é apostar ou não apostar na bolha. Estamos numa bolha especulativa, isso é fato incontestável para quem vem acompanhando o mercado imobiliários há 15 anos, como é o meu caso. A aposta é quando ela irá estourar.
Seu argumento já foi contraposto em outras oportunidades.
Suzy, compartilho de sua visão, mas o que me motivou mais a escrever foi saber que temos alguém que acompanha esse mercado específico há 15 anos, isso é muito bom pra enriquecer o debate, imagino que você deva ter muito a contribuir pra nós!
um abraco!
Dependendo do ponto de vista o mercado imobiliário brasileiro tem apenas 3 anos.
Segundo o josé, não é que o crédito hoje seja exagerado, e sim antes é que era RIDICULO.
Logo, não foi uma transição de “normal” pra “muito”, e sim de “pouco” para “normal”.
Compartilho essa opinião, mas concordo que tem que estudar mais pra ver se é isso mesmo.
Abs
Amigos. essa noticia não é muito nova, lembro de ter lido há mais de uma semana…
Eu queria usar o espaço pra comentar algo que me preocupa muito: Confiabilidade de dados oficiais. Não só para a discussão do mercado imobiliário não, mas para além:
Estou bastante incomodado com os dados de inflação em particular, aqui no Rio taxi aumentou 14%, gasolina 16% (e não para de subir), alimentos 10 a 15%, educação mesmo rumo, comer fora está caríssimo etc.. custo MUITO a pensar em algum item que tenha aumentado menos que 10%, até porque o aumento de gasolina (16%) e o dos aluguéis (de 11% a 25%) são passados diretamente pra maioria dos produtos.
Não consigo crer em inflação gerando em 6%.. e pra piorar a conta: Em Setembro teremos renegociações sindicais PESADAS e no ano que vem o minimo vem indexado pelo PIB + inflação pra lá de 13% !!!
Acho que viveremos (ou já vivemos) uma inflação REAL entre 12% e 16% e uma perda de renda real muito violenta até meados de 2012 (pior ainda pra quem paga aluguel), sabe lá Deus o que isso pode desencadear, pois “recompor” renda via cartão de crédito ou cheque especial é suicidio…
Pra piorar ainda tem o risco do câmbio, que se sobe (pra onde deveria ir) vai pressionar mais ainda a inflação… socorro!
Alguém concorda? quer compartilhar outra visão? abraços a todos!
MRK,
apesar das diferença às vezes a gente sintoniza a mesma estação.
Existe uma forte desconfiança sobre a confiabilidade do IPCA, pois como é o indice usado pras metas de inflação poderia ser manipulado…
Vc pode ver que em qq período grande o IGPM bate com força nele…
Ex.:
De 2000 a 2010:
– IPCA ==> 101,12%
– IGPM ==> 152,72%
Fonte: http://www.portalbrasil.net
Antigamente o tesouro direto tinha um titulo atrelado ao IGPM, pararam de vender… Hoje se vc quiser comprar só tem IPCA + 6%.
Tudo isso soa um pouco estranho…
O indice Big Mac mostra uma inflação 4 pontos percentuais acima do indice oficial no Brasil na decada:
http://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/01/big_mac_index
São 4 pontos percentuais acima da inflação POR ANO. Ou seja, é coisa pra caramba, quase o dobro. Mais um indício de manipulação do IPCA.
E pior, da lista de países mostrados o Brasil só perde pra Argentina, que é famosíssima por forjar o indice de inflação.
Complicado… Por isso nos meus calculos gosto de usar o IGPM, pra ser mais conservador.
Obs.: pra quem gosta de idolatrar a China, um chines q se atrevesse a escrever algo assim em algum blog ia pro pelotão de fuzilamento rapidinho…
Abs
“Obs.: pra quem gosta de idolatrar a China, um chines q se atrevesse a escrever algo assim em algum blog ia pro pelotão de fuzilamento rapidinho…”
O q eu quis dizer com isso é: vamos dar um pouco de valor às coisas boas do nosso país, tem MUITO lugar por aí que é bem pior…
Abs
esse cara entende MUITO de housing….
jose,
não se vc estava falando serio ou sendo ironico…
Não me acho profundo conhecedor de mercado nenhum, apenas esforçado, e tento botar a razão antes da emoção (e isso é uma grande vantagem).
Qdo comparei c/ a china, quis dizer q aqui temos liberdade de expressão, lá ninguém questionaria um indice oficial (pelo menos não sem se borrar de medo).
Abs
Andre,
desculpa a demora pela resposta.. mas eh serio,
esse cara desenvolveu o indice de precos no US, e tem varios papers sobre o assunto..
agora uma falha dele, eh por exemplo num paper (o mais recente que lembro dele) que ele apresentou em Jackson Hole (digamos um encontro de bam bam bans do mundo) e ele disse que a alta dos precos nos US era piscologia… qd depois vimos o que era…
esse eh o problema de estudar os papers sobre housing… antes da crise achavam uma coisa, depois outra… ou seja, os de antes estavam todos errados…
Putz…
Como vc escreveu embaixo do meu post, eu tava crente q era pra mim 🙂
Abs
Andre,
a composicao dos indices sao bem diferentes….
cada indice se propoe a medir determinada coisa.
nos USA por exemplo temos o PPI (seria nosso IGPM) e o CPI (nosso IPCA).
claro que atestar a fidegnidade dos dados, so quem faz que pode falar né..
mas segue informacoes sobre eles:
o IPCA tem a seguinte composicao
Alimentação e Bebidas 20,3
Habitação 13,7
Artigos de Residência 5,2
Vestuário 6,4
Transportes 21,1
Saúde e Cuidados Pessoais 10,7
Despesas Pessoais 9,3
Educação 7,0
Comunicação 7,0
ja o IGPM tem a seguinte composicao:
• 60% para o IPA,
• 30% para o IPC,
• 10% para o INCC
o IPA leva em consideracao o preco de materias primas brutas, so pra vc ter uma ideia esse item acumula nos ultimos 12 meses alta de 36,76%!!!!!
so 30% deveria ser comum a eles.
o IPC dentro do IGPM ta em 12 meses com alta de 5,79%.. em linha com o IPCA…
nos US por exemplo, no periodo que voce citou esta 30% cpi e 35% PPI (lembrando que a composicao la eh bem diferente daqui)…
enfim, eles tem a obrigacao de ser comum em 30%.. o resto pode ser qq coisa….
com relacao aos titulos…
isso eh o mais normal, titulos atrelados à meta do BC… nos outros paises eh assim, nao atrela ao preco ao produtor…
eh que aqui tinha (ainda tem) uma demanda muito forte por parte das fundacos pelos papeis de IGPM (porque os planos antigos de benefico definido pagavam IGPM + X), com o fim deles e o incio dos PGBLs, essa demanda incremental diminuiu o que fez co que o governo nao colocasse mais esse tipo de papel.
quanto a sensaco (nos exemplos citados) maior que o indice (obvio que eu sinto isso tambem) vamos esperar a divulgacao do IPCA desse mes (saira na sexta) que ai eu passo a quebra por subgrupos e ai podemos comparar ok?
abs
Jose,
muito esclarecedor, valeu.
Mas uma duvida:
“eh que aqui tinha (ainda tem) uma demanda muito forte por parte das fundacos pelos papeis de IGPM”
Se ainda tem essa demanda o q as fundações usam pra substituir a antiga NTN-C (a que era atrelada ao IGPM)??
Quero comprar p/ mim tb 🙂
Abs
tem um mercado forte de swaps de igpm.. elas tem feito bastante coisa la…
e de qualquer forma, esse passivo das seguradoras tem diminuido com a extincao dos planos de beneficio definido…
Jose,
se a inflação ao produtor (IGPM) está maior q a inflação ao consumidor (IPCA) nesse período aí de 1 década, então as margens das empresas se espremeram???
Ou estou sendo simplista demais?
Abs
Andre,
qd li sua pergunta, respondi de cara; SIM…
ai olhando os PPIs x CPIs no mundo, quase todos os paisses o PPI eh maior que o CPI (ainda mais com as commodities voando nos ultimos anos)
ai me falaram uma coisa aqui no banco: tem o ganho de produtividade…que tem sido positivo, logo, vc consegue baratear a transformacao da materia prima bruta no produto final… tendeu?
ex: vc manda uma galera embora reduz seu custo e pronto.. compensou esse efeito cpi x ppi…
vou pensar mais a respeito.
Composição do preço gasolina ( em reais) :
Gasolina (“A”) 800ml (pura, vendida pela Petrobrás) = R$ 0,80
Álcool Anidro 200 ml (os 20% misturados à gasolina) = R$ 0,24
TOTAL = R$ 1,04 / Litro
+
CIDE – PIS/COFINS (Imposto Federal) = R$ 0,44
ICMS (Imposto Estadual) = R$ 0,64
TOTAL DE IMPOSTOS (104% do Preço Bruto) = R$ 1,08
TOTAL (CUSTO + IMPOSTOS) = R$ 2,12
+
LUCRO DA DISTRIBUIDORA (Média por Litro) = R$ 0,08
FRETE (Média por Litro) = R$ 0,02
LUCRO DO POSTO (Média por Litro) = R$ 0,25
FINALIZANDO:
VALOR NA BOMBA COM IMPOSTOS = R$ 2,47
VALOR NA BOMBA SEM IMPOSTOS = R$ 1,39
Ral, antes fosse R$2.47 !!
semana retrasada abasteci a R$3,19 e semana passada a R$3,29 !!!!!!!!!!!! isso gasolina COMUM !!!
a vaca tá caminhando a passos largos pro brejo!!!
Contra o preço alto, http://www.meucombustivel.com.br
verdade, será que teremos voltar com as famosas maquina remarcadoras de preços , Lembram delas ?
defensores da bolha?
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201105031929_TRR_79636227
abçs
igor
Pois é…eu li esta matéria…Mais uma maneira de tentar iludir o povo com argumentos fraquinhos. Ninguém lembra dos juros brasileiros e alto nivel de endividamento da população…
Independente se achamos se o ponto ATUAL é ou não bolha, seria bom se chegássemos a um consenso de qual métrica usar pra detectar isso.
Pq no Rio pelo menos, preço não dá sinais de parar de subir…
Se ainda não é, no mínimo, estamos caminhando pra uma bolha.
Abs
As vezes tenho a impressão que o Rio de Janeiro é um cenário totalmente a parte de todo o resto do país. Um exemplo:
http://www.zap.com.br/imoveis/oferta/Kitchenette-Conjugados-1-quartos-aluguel-RIO-DE-JANEIRO-FLAMENGO-RUA-DOIS-DE-DEZEMBRO/ID-2119330
O anúncio diz que é perto da praia, mas não diz que é uma praia da baía, que nunca foi considerada própria pra banho já faz anos. Ainda assim, a praia está sempre cheia, de fato. Sou carioca e ainda assim esse tipo de coisa me deixa extremamente confuso…
me,
agora que o fanatismo dos pró bolha parece q deu uma “esfriada” por aqui, me sinto mais à vontade pra dizer:
Tá tudo caro pra c$#@#$ !!!
Tijuca a preço de botafogo.
Botafogo a preço de leblon.
Leblon a preço de sei lá, nem tem…
Pra quem está acostumado aos preços de 2008, parece q tudo tá deslocado!!!
Se continuar assim daqui a pouco vão ter q botar o preço em notação científica:
“Vendo excelente 2 qtos em São Conrado. Apenas 1,8 x 10E27”
Num é fácil não…
Se é bolha ou não eu não sei, já dei minha opinião e enquanto não tivermos novos dados não dá pra evoluir muito a discussão.
Mas que é MUITO dificil, do ponto de vista do consumidor, aceitar 100% em 3 anos, isso é…
Abs
André, seus sentimentos são os mesmos que o meu. Mas isso não explica muito minha confusão. Não é só “tá caro pra car$%¨&*”.
Deêm uma olhada nos imóveis na Gloria, zona sul: http://www.masset.com.br
Metade do que é anunciado ali é uma rua tomada de prostituição de travestis, e outros para subida de Santa Teresa. E conheço quem diga que é legal morar na Glória!
Praia de Botafogo, no Rio, é praticamente a favela do bairro. Ainda assim tem anúncios dizendo “de frente a praia”. Apartamentos na praia do flamengo parecem que tem um ponto de ônibus dentro do prédio de tanto barulho.
Sério, que p%¨&* é essa???
Fim do desabafo, hehe.
me,
até aí nenhuma novidade, os adjetivos q os corretores usam pra “transformar” defeito em qualidade, ex. o tal do “aconchegante”… Tente conversar c/ a vizinhança q vc tem uma visão melhor do q é morar em determinado local…
Isso sempre foi assim e sempre será.
Abs
O artigo começa assim:
“Os preços médios dos imóveis devem dobrar em cinco anos no Brasil, segundo expectativa do presidente da corretora de luxo Sotheby’s no Brasil, Fábio Rossi.”
Nem li o resto!!!!!
Paulo daqui a pouco os preços no Brasil na zona sul vão ficar mais caros do que castelos em Hollywood, o do MOB no Jornal O globo ele pagou 4 Milhas de Dolares, convertendo para reais algo em torno de 6,3 Milhas de Reais, tem muito apartamento de 4 quartos no Leblon e Ipanema que supera esse valor e se dobrar então? Daqui a 5 anos o MOB vende o castelo dele e não compra no Leblon segundo a analise do sabio Corretor.
A parte mais hilária é o argumento da demanda reprimida, de que estão faltando unidades, por todo o lado que olho tem um placa de vende-se…
E vc por acaso sabe quantas pessoas estão querendo comprar???
Voltar algumas páginas no blog e ver que este argumento já foi pro brejo seria bom…
Abs
q notinha marota.
não li tudo, parei no começo qdo vi “no ano passado SP teve o mesmo número de lançamentos q em 1970”
ora pois pois: posso estar enganado, e estou com preguiça de checar, mas fins dos anos 60 e início dos 70 caracterizou-se por um período de intensa atividade imobiliária fomentada pelo finado BNH (banco estatal q apoiou diversos empreendimentos p/ classe média meio populares)
tanto q surgiu a expressão: “conjunto BNH” p/ se referir a empreendimentos de baixo valor arquitetônico, com prédios insossos com cara de caixa de fósforo em pé.
As semelhanças com a década de 1970 são ainda mais intrigantes. O sentimento triunfalista brasileiro é o mesmo (“agora vai”, “agora é diferente!”). A exemplo daquela década, cada vez mais nos endividamos em dólares, num cenário em que a taxa de juros americanas está baixíssima.
O que acontece quando o Fed reverter essa política de lassidão e decidir elevar acentuadamente os juros?
Assim que o cenário mudar e passarmos desse oba-oba de liquidez para uma política mais restritiva, o Brasil vai ser afetado, com certeza. O encarecimento do dólar vai afetar tudo – nossa inflação, o custo do crédito etc.
Cosmos, posso estar enganado, mas acho q o credito imobiliario não tem muito a ver c/ fatores externos não… Na maior parte vem das cadernetas.
Abs
Andre, não falo só do crédito imobiliário, mas do crédito em geral. O que passou na nossa “década perdida” pode-se repetir face a um bom aumento dos juros americanos. Afinal, foi esse endividamento no exterior que motivou o aumento recente do IOF.
“O grande volume de crédito barato obtido no exterior por empresas e bancos, fez o governo adotar as medidas que elevaram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos. As informações foram dadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (29).
(…) Segundo o ministro, o volume desses empréstimos vinha subindo muito e, só de janeiro ao dia 25 de março, ingressaram no País US$ 26,6 bilhões.
“É uma quantia muito elevada. E esses recursos não levam em consideração os investimentos estrangeiros diretos, cuja conta chega a US$ 12 bilhões”, disse. A entrada elevada de dólares é um problema surgido no ano passado, depois que o Brasil, ao sair da crise, tornou-se um País mais seguro aos investidores estrangeiros.”
sem dúvida, as semelhanças são muitas.
o próprio “tom” do governo anterior (Lula) e atual, com um vago discurso desenvolvimentista, de “Estado forte” e tal.
planejamento centralizado, estatatais fortes, empresários “amigos” do governo, pq têm “visão nacionalista”….é muita coisa parecida sim.
o coisa derranjou lá pra fins dos anos 70 com a elevação dos juros americanos, e o 2o choque do petróleo, em 1979.
Frank,
este cara aqui concorda com vc nesse ponto:
“7. O Brasil e o mundo cheiram a 1971”
http://www.clubedopairico.com.br/colunistas-a-bolha-imobiliaria-estoura-em-3-meses/6319
O artigo como um todo é + ou -, muitos argumentos dele já foram derrubados por aqui…
O ponto de vista dele da “aberração q é o FGTS” eu concordo plenamente. É um $ q o sujeito torra “sem pena” e sem critério, pq “tá preso” mesmo, não dá pra gastar c/ outra coisa…
E nem precisa dizer que a previsão dele (bolha estoura em 3 meses) furou né?
Futurologia é complicado…
Abs
Bolha, que bolha?? Mais um que acha que essa situação é sustentável:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110502/not_imp713497,0.php
Ao contrário do que o cara afirma, o Diabo está nos detalhes…. hehehe
vejam o lado interessante, logo abaixo da matéria nos comentários a grande maioria desacredita o artigo e fazem até de forma sarcastica…
quanto aos argumentos da matéria, são fracos.. e MAIS UMA VEZ vem de dono de corretora, ou seja fonte não-isenta… interessada em girar o mercado com base em dar esperanca aos compradores de que os precos subirão eternamente…
pedir que um corretor diga que os imoveis estão supervalorizados é o mesmo que pedir que os medicos venham a publico dizer que suas consultas estão caras demais…
Prezados Senhores
Moro em São Caetano do Sul e tenho acompanhado o jornal do imovel a mais de um ano nesta cidade, percebi que o jornal do imovel dobrou de tamanho em 12 meses devido a grande oferta de imoveis.
São Caetano é o municipio com melhor IDH do Brasil e ja percebo que alguns apartamentos com 5 anos de construção já estão sendo vendidos com preço abaixo da tabela.
Como o Brasil é muito grande com grandes diferenças culturas e economicas, acredito que a bolha possa murchar ou estourar em alguns estados antes do que em outros.
No caso do Rio, devido as olimpiadas, acredito que os imoveis iainda irão subir, mas em São Paulo ja percebemos:
– Aumento da oferta.
– Alguns preços ja estão abaixo do preço de tabela.
– Queda dos lançamentos.
Aqui em São Caetano vejo muitos apartamentos já lançados com poucas janelas com luz. Isto indica que nem todos os apartamentos foram vendidos. Antigamente tudo era vendido na planta antes de construir.
Senhores.
Estou procurando imóvel e tenho acompanhado o ZAP todos os dias, de manhã e à noite aqui no RJ. Nesta última semana, HOUVE QUEDA DE PREÇOS COM CERTEZA. Não posso afirmar se é pontual ou se vai se sustentar. Na semana passada era impossível achar apto de 250 mil 2 qtos em VILA ISABEL, GRAJAÚ ou TIJUCA. Agora já tem uma boa quantidade (a moda ainda está acima disso, no entanto).
Estou numa situação difícil, meu contrato de aluguel se encerrou e o meu senhorio quer aumentar o aluguel em 70%. A oferta de aluguel está baixa por aqui e a minha esposa é muito exigente… 🙂
Então estou pensando em comprar um em bairro mais distante para diminuir o prejuízo que vou ter. Ex: ao invés de comprar algo por 300 mil que custava 200 mil há pouco tempo atrás, vou comprar algo de 180 mil que custava 120 mil.
O que me leva a pensar que deve haver mais pessoas na minha situação.
Um abraço a todos,
Iury
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/05/04/preco-de-apartamentos-usados-sobe-27-em-abril.jhtm
Comentario de um corretor nesse link:
“Não li todos os comentários, mas o desconhcimento do mercado e a desinformação permeia praticamente todos. Sou corretor de imóveis há 8 anos e, posso afimar, categoricamente, que nunca vendi tantos imóveis como nos últimos 3 anos. Ao contrário dos que acreditam em endividamento dos compradores, saibam que muitos dos clientes dos quais vendi há cerca de 3, 4, 5 anos, já quitaram suas dívidas e estão partindo para um imóvel maior ou ainda, um segundo para investimento. E o melhor, há demanda ainda é mostruosa. A quantidade de pessoas que adquirem o seu primeiro imóvel a cada ano somente aumenta. Viva o crédito!!!”
Abs
Iuri,
situação dificil mesmo e é a situação d muita gente.
“Então estou pensando em comprar um em bairro mais distante para diminuir o prejuízo que vou ter. Ex: ao invés de comprar algo por 300 mil que custava 200 mil há pouco tempo atrás, vou comprar algo de 180 mil que custava 120 mil.”
Deixa eu ver se eu entendi, vc quer usar uma parte do seu capital (ou capacidade de tomar credito) pra comprar um imovel e deixar outra parte separada para comprar outro caso a tal bolha estoure.
Se for isso, essa é pra mim, até que se prove o contrário, a melhor estratégia pra lidar c/ essa incerteza (nao sei se sobe mais, se pára, ou se cai).
Esse imovel comprado fica alugado e vc tem uma renda de aluguel p/ te ajudar a pagar um aluguel no lugar melhor p/ morar.
Se os imoveis subirem vc tem pelo menos parte do $ acompanhando…
Se cairem vc compra um a “preço de banana” c/ o resto do $.
Sem falar q sua renda de aluguel tb acompanha o mercado (e o alguel tb está subindo feroz).
Já falei sobre essa estrategia anteriormente, mas o assunto não andou.
No mercado financeiro tem um negócio chamado Asser Allocation, q basicamente é “não botar todos os ovos na mesma cesta”, não apostar em nenhum cenário e sim estar preparado p/ todos.
Lógico q isso reduz o lucro, mas a ideia não é ter lucro, é garantir a segurança da minha familia…
Abs
Digo, Asset Allocation.
Abs
nao teremos subprime ,mas criaremos uma nova forma de estourar a bolha , poderiamos ate´ criar um nome para o fato economico novo , que seria um mega calote nos pagamentos das prestaçoes .sugiro ” INADIMPRIME ” .Acontecera´ igual foi com carros , onde milhares de brasileiros que financiaram em 60 meses nao pagaram,o banco panamericano e´ exemplo disso .Imagina 30 anos …
É bom escutar o outro lado também…
http://chutandoalata.blogspot.com/2010/04/indice-de-precos-de-imoveis-e-bolha.html
Confesso que me perdi no economês…
O que notei é que o autor diz nos comentários que tem imóvel.
Já li esse artigo há tempos.
Tb não entendi tudo, mas nem me esforcei. Qdo o cara começa a ficar enfeitando muito, dando muita volta, é pq não tem o q dizer…
“Contudo, o boato infundado de que existe uma bolha no mercado imobiliário brasileiro está se espalhando em todos os botequins, podendo mesmo travar por algum tempo negócios potenciais.”
Aqui ele se entrega, pq estaria preocupado se o boato de bolha prejudica o setor???
Só se ELE mesmo fosse do setor né?
Eu não estou nem um pouco preocupado c/ o futuro dos corretores/construtores, eles q aproveitem a fase boa, pq depois…
Abs
Amigos, gostaria de botar algumas percepções aqui
Logo de ante-mão digo que não citarei dados oficiais ou fontes, é somente a forma de como eu observo a situação, portanto fiquem livres para ignorar, caso só queiram dados oficiais:
Existem 2 curvas de demanda em ação no Brasil:
Curva A – Gente que compra pra morar, seu primeiro imóvel próprio, é uma curva menos sensivel a preço, pois a decisão tem um viés emocional e de segurança. Essa curva cresceu muito com o aumento do crédito.
Curva B – Gente que compra pra ganhar dinheiro em cima, seja na venda (muito forte hoje de compra na planta) ou aluguel, é uma curva muito sensivel a preço pois está comprando somente como investimento e sem vies emocional algum.
A Curva A tende a diminuir muito com o tempo, pois o volume de lancamentos é altissimos (brincando com o conceito de “limite” a Curva A vai a zero, todo Brasieiro teria um imovel)
A Curva B nunca zera, pois quem tem 2 imoveis pode ter 3..4.. 500! Essa Demanda vai existir enquanto o negocio tiver dando lucro… on and on and on…
Ocorre que os lancamentos estão em todo canto, subindo predio do sul ao norte e a demanda da curva A vai cada vez mais diminuindo… fatalmente vai haver um ponto (se é que já não o atingimos) em que a demanda por imoveis da curva B passará a da curva A… como muito imoveis estão em planta ainda, é bem dificil ver isso! Sorry again, não há fontes!
A questão é que quanto mais a curva A diminui, menos existe alimento pra curva B!!!! (menos gente pagando aluguel e menos gente procurando imovel pra moradia) e lembrem-se que a curva B compra pra ganhar $, e não por segurança ou fator emocional! Se a coisa azeda, a curva B, diferentemente da A, vende rapidinho!
Esse choque, na minha opinião, será o nosso problema aqui… muita gente comprou na planta (Curva B) esperando que nos proximos 2 ou 3 anos a demanda ainda estará muito forte (Curva A)… como acho que não estará, pois ela está sendo fortemente atendida ha anos, os preços terão que cair pra se ajustar, e se tiver que vender a curva B vende mesmo…
isso explica, na minha humilde opinião, porque tudo que se colocou pra vender na planta vendeu rapido… a questão é “e o depois?”
saudações
Curva A vai pra zero???
as maternidades serao fechadas e ninguem mais vai soprar velhinha todo ano?
jose, por isso que eu disse “brincando com o conceito de limite a Curva A vai a zero” é claro que ela não zera na prática, mas ela cai muito pois gente nasce (voce tem razao) e gente morre (desocupam imoveis)
no fim a taxa de crescimento liquido (nascimentos – mortes) é muito baixa em comparação a demanda reprimida que tinhamos, pense assim: No passado bem recente botando credito na praça as vendas de imoveis cresceram 20% no ano, no futuro mais estabilizado cresceriam só a taxa de crescimento da populacao..2%..3%… logo a curva A fatalmente ficará por algum momento abaixo da B
a B vai precisar descer pra se adequar a A (nao adianta comprar mais bens do que consumidores querem) e ai ja viu… preço pra baixo
abs
sobram (nascimento – morte) 2milhoes de pessoas por ano no Brasil….
supondo piramide linear (o que nao eh, o formato dela ajuda meu argumento, mas vou abrir mao dele) isso eh o mesmo que 2milhoes mudando de idade, saindo dos 18 pros 19 e assim vai,….
supondo 70% casando sao 1,4milhoes por ano….
prezado jose,
Podemos supor que a populacao cresca ao longo dos anos (premissa mais que razoavel), mas não há como negar que esse crescimento gera uma demanda bem pequena se comparada a demanda reprimida que foi liberada com o aumento do credito recente (que eu chamo de curva A)
fato é que tinha muita gente louca pra entrar no mercado e agora entrou … gerando essa superdemanda (acima da oferta)
outro fato claro é que estamos ofertando muito mais do que historicamente, baixando aos poucos esse deficit habitacional historico e que muita gente do que eu chamo de curva B (compradores por investimento) está comprando esses imoveis na espectativa de revende-los, mas haverá tanta demanda assim no futuro proximo? Só o crescimento vegetativo garante essa revenda com lucro?
São perguntas ainda sem resposta
abs
se vai ter demanda por casa eu nao sei,
mas a populacao aumenta 2 milhoes por ano;
se todo mundo vai resolver morar com pais ou nao..
uma coisa é défict habitacional, OUTRA coisa é quem efetivamente pode tomar financiamento p/ comprar nesse cenários de preços elevados.
e outra coisa ainda é o segmento de classe média alta, com imóveis todos acima de 500 K (nos loucos valores atuais), todos fora, portanto, das condições favoráveis da CAIXA…
Frank,
“e outra coisa ainda é o segmento de classe média alta, com imóveis todos acima de 500 K (nos loucos valores atuais), todos fora, portanto, das condições favoráveis da CAIXA…”
Hummm, é verdade, e isso invalida um pouco aquele meu raciocionio de familia “real” comprando no Leblon…
Mas cá entre nós, será q o governo vai aumentar esses limites?
Abs
Olha só o pessoal da corretora Sotheby’s , continua falando interessante que um artigo em cima do outro , porque será que eles são tão otimista.
SP: imóveis de luxo deixam Jardins e vão para “periferia”
04 de maio de 2011 • 07h32 • atualizado 10h47
Site Terra
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201105041032_TRR_79637033
“De acordo com o presidente da Sotheby’s no Brasil, Fábio Rossi, bairros como Mooca, Casa Verde, Butantã, Jabaquara e Lapa, já possuem seus empreendimentos milionários. “Cada bairro se transformou em uma mini cidade, com seu próprio shopping e serviços especializados. Não existe mais um lugar de alto padrão, mas o melhor de cada região”, afirma.”
Alguém DE SÃO PAULO pode confirmar isso?
Aqui no Rio de Janeiro teve até alguns bairros fora da zona sul que teve alguns investimentos sim, mas se as palavras acima fossem sobre o rio, seria mais que piada, seria mentira, mesmo.
Olha aqui em São Paulo , históricamente os bairros são uma mini cidade , claro que cada região com sua vocação
Desespero, como vão ganhar dinheiro se não venderem? Os corretores vão passar por vacas magras.
o Marginal Revolution (uma renomada página de economia pilotada pelo economista Tyler Cowen) publicou uma notinha interessante sobre o endividamento no Brasil:
http://marginalrevolution.com/marginalrevolution/2011/04/brazil-fact-of-the-day-5.html
a nota remete a uma matéria do Financial Times.
basciamente é aquela coisa:
– o brasileiro gasta 21,5% do orçamento com serviço de dívida (p/ um crédito total na economia perto de 50% do PIB, o q é pouco)
– nos US, o gasto com serviço da dívida era menor no momento imediato antes da última crise (mas o crédito / PIB é bem maior)
conclusão: crédito no Brasil (ainda) é MUITO caro.
Pessoal, eu sinceramente não acredito em uma bolha. Eu acho que o que deve acontecer é apenas uma estabilização dos preços. Devem cair somente os preços nas periferias e nos lançamentos assim que houver um encarecimento do crédito. Imóveis bem localizados nas grandes capitais devem se manter bem valorizados, embora estáveis.
acho um cenario bem provavel…
lembrando que 2 anos estavel eh 12-13% de queda real.
Hoje torço pela bolha. E estou convencido de que ela existe.
Mas não sei quando ela vai estourar.
Mas algo que creio que terá forte influência nos preços será o fim dos recursos do FGTS (dizem que ocorre em menos de dois anos). A patir desse ponto creio que não haverá mais no mercado essas taxas de 8% para financiamentos de imóvel (com a tendência de alta da SELIC por um “longo” período, como já admitiu o próprio Banco Central. Já há analistas dizendo que ela chega a 13% no final do ano).
Acho que para a bolha estourar ainda esse ano precisaria alguma mudança mais drástica e repentina em nossa economia.
Algo repentino?
Que tal o iminente estouro da bolha das commodities?
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,bcs-temem-bolha-com-queda-das-commodities,65986,0.htm