Imóveis residenciais registram queda no preço de quase 8% – Jornal da Band

Sobre o debate que ficou mais para cima:

O Cramulhao de FHCigienopolis45 10 de outubro de 2016 at 11:08
Dilma e o PT realmente foram uma desgraça quanto À gastança pública, além de terem enganado a população achando que ter crédito era sinônimo de riqueza e prosperidade . Mas o que será que o Temer pode fazer de diferente ? Só o fato dele ter adiado a reforma da previdência, já demonstra que ele é circundado por políticos populistas que não querem desagradar o eleitorado ( PT, PMDB e PSDB-PCC usam praticamente o mesmo modus operandi ).

Eu assumo que acabei comprando umas ações da RUMO3 (como boa sardinha aventureira, gostaria até de comprar mais) mas também não vejo esse horizonte tão otimista de mudanças como pinta a Empiricus

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OPINIÃO:

Não acredito mais que o governo Temer fará o certo. Em outras palavras, ele será um “Dilmo”. Motivos:

1) Na prática está se demonstrando mais frágil que a Dilma, desfazendo ou protelando uma série de iniciativas logo após a divulgação. Sem firmeza de propósito e coragem de encarar as adversidades, não vai sair do lugar;

2) Como colocaram acima, a medida do teto de gastos está sendo “endeusada” como aquela que é a base de todo o equilíbrio fiscal. Não é verdade. Teremos superávit novamente, com sorte, daqui a 9 anos. Depois de alguns anos seguidos de superávit fiscal, daí sim estaremos no “caminho certo” da recuperação fiscal. Até lá, como se falar em equilíbrio fiscal? Nem mesmo as reformas da previdência e CLT, SE ocorrerem em 2017, terão efeito imediato para auxiliar no equilíbrio fiscal, principalmente com a fraqueza deste governo que tende a tolerar que estas “reformas” sejam totalmente desfiguradas por interesses políticos, eliminando grande parte de sua efetividade;

3) Mundo de FAZ DE CONTA: a imprensa vive no Mundo de Alice no País das Maravilhas. Simplesmente não existe o MENOR espirito crítico. Daí vendem a TEORIA “fantástica” que exatamente quando estivermos fazendo um esforço hercúleo para recuperarmos o equilíbrio fiscal, que implica em corte RELEVANTE de gastos pelo Governo é que teremos uma retomada relevante do crescimento. Oras, os gastos do governo não entram no PIB? Se eles reduzirem, não vai reduzir o PIB? Ah, mas o governo pode aumentar impostos também… Neste caso, a queda do PIB se dá via Laffer, com aumento de impostos coibindo despesas e investimentos de empresas e pessoas físicas, levando a um menor valor agregado. Ah, mas teremos um Tsumoney, bem, neste caso, prefiro tratar à parte, mais abaixo. Com muita sorte, o máximo que teremos será algo muito próximo de um “zero a zero”, ou seja, PIB com crescimento zero ou de 0,5% no máximo em 2017, ainda porque a base de 2016 é muito ruim e isto não é NENHUM mérito ou consolo para uma economia que caiu mais de 3% por ano nos últimos 2 anos. Pior: mantidas as condições atuais, o ritmo de crescimento para os próximos anos, com MUITA sorte, será este de 0,5% ao ano, que na prática, levará a uma redução no PIB per capta por mais alguns anos;

4) Crise de liquidez: toda bolha imobiliária e de consumo provoca forte crise de liquidez. Como resolver? Mesmo com ações APELATIVAS como a da CEF de prometer mais R$ 34 bilhões em crédito imobiliário até o final do ano, o único efeito prático será apagar incêndio com gasolina, ou seja, vão agravar ainda mais o super endividamento e inadimplência das famílias, tirando ainda mais do consumo de outros produtos e serviços e de investimentos. Tentam salvar os preços dos imóveis e para isto, comprometem cada vez mais a economia como um todo, o famoso “tiro no pé”. Quase 50% das empresas tem a geração de caixa que não é suficiente nem para pagar os juros das dívidas na totalidade. 60 milhões de pessoas inadimplentes. Recorde de endividamento de famílias e empresas. Recordes de recuperações judiciais e falências. Bancos com a liquidez cada vez mais afetada negativamente por este contexto. Como a própria CEF colocou, para quem vão emprestar para o crédito imobiliário? Onde estão os clientes para comprarem com financiamento a perder de vista, imóveis de R$ 1,5 milhão ou R$ 3 milhões com crédito “barato” da CEF? Que sejam os imóveis na faixa de R$ 500 mil a R$ 750 mil, onde estão os clientes com reais condições de financiarem imóveis nestes valores? Tudo uma grande viagem na maionese, até extremamente OFENSIVO em um país com a renda média e distribuição de renda como o Brasil. Só existe uma forma de resolver de verdade, que é exatamente o oposto do que o governo está fazendo: a única solução é acelerar a explosão da bolha imobiliária e não tentar adiá-la. Ao PEDALAREM, só estão aumentando o tamanho do buraco onde estão se enfiando.

Sobre a “brilhante” tese da Empiricus quanto ao Tsumoney:

a) Nunca aconteceu de um país em grave crise fiscal ter um Tsumoney, só para se aproveitarem de “Ativos baratos”;

b) Em 2016, BOVESPA subiu, cotação do US$ caiu, com isto, Ativos já não estão tão baratos;

c) Recentemente já vimos fuga de capital recorde do Brasil, mas nunca o contrário. Se os EUA aumentarem os juros, teremos fuga de capital de países considerados de maior risco e o Brasil está no topo da lista;

d) O conjunto de itens de 1 a 4 acima farão com que tenhamos grande fuga de capital e não vinda do mesmo para o país. Cada vez mais ficarão expostas nossa falta de capacidade para realização daquilo que é fundamental (inação quanto a reforma fiscal), os demais problemas que estamos tratando de forma completamente errada (exemplo: incentivo ao crédito imobiliário com juros subsidiados), dentre outros erros grotescos que estão sendo cometidos;

Sobre as empresas nacionais de infraestrutura, de onde vai sair o dinheiro para tocar as grandes obras de infraestrutura? Viria do BNDES que já foi sugado em centenas de bilhões de dólares neste e nos próximos anos para cobrir rombos de benefícios fiscais, financiamento para “amigos do rei” que não serão pagos por empresas agora quebradas (exemplo: Odebrecht), dentre outros ROMBOS? Vai vir do Tesouro, quando temos um déficit fiscal de centenas de bilhões de Reais para este e os próximos anos?

O conjunto acima deixa claro que o volume de erros deste governo está sendo tão grande ou até maior do que o do governo Dilma em 2015 e início de 2016, só perde em barbeiragem para os absurdos cometidos por Dilma de 2011 a 2014…